quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Fatos curiosos sobre a Bíblia

A palavra Bíblia vem do grego, através do latim, e significa: livros

A Bíblia já foi traduzida por mais de 1500 línguas e dialetos.

A Bíblia inteira foi escrita num período que abrange mais de 1500 anos.

É uma obra de cerca de 40 autores, das mais variadas profissões: de humildes agricultores, pescadores até renomados reis.

O Antigo Testamento foi escrito em hebraico, com exceção de algumas passagens em Esdras, Jeremias e Daniel que foram escritas em aramaico.

O Novo Testamento foi escrito em grego.

A primeira tradução completa da Bíblia para o inglês foi feita por Wycliffe, em 1380.

Martinho Lutero foi o primeiro tradutor da Bíblia para a língua do povo alemão.

Na biblioteca da Universidade de Gottingen, Alemanha, existe uma Bíblia que foi escrita em 470 folhas de palmeira.

O Livro mais antigo da Bíblia não é o Gênesis, mas Jó. Acredita-se que foi escrito por Moisés, quando esteve no deserto.

O primeiro Salmo encontra-se em II Samuel 1:19-27, uma elegia de Davi em memória de Saul e seu filho Jônatas.

A Bíblia contém 1189 capítulos e 31102 versículos.
Ester 8:9 é o maior versículo da Bíblia.

No livro de Ester e no livro de Cantares não se encontra a palavra Deus.
O último livro da Bíblia a ser escrito foi III São João.

Há 3573 promessas na Bíblia.

O livro de Isaías assemelha-se a uma pequena Bíblia: contém 66 capítulos; os primeiros 39 falam da história passada, e os 27 restantes apresentam promessas do futuro.

Todos os versos do Salmo 136 terminam com o mesmo estribilho: "Porque a Sua misericórdia dura para sempre."

Judas foi o único dos doze apóstolos que não era Galileu.

Os versículos 8, 15, 21 e 31 do Salmo 107 são iguais.

Matusalém, o homem mais velho da Bíblia, morreu antes de seu pai, Enoque, que ascendeu ao Céu.

Ló era o pai de Moabe e Bem-ami, e também o avô dos dois porque "as duas filhas de Ló conceberam do próprio pai". (Gen. 19:36-38)

42 mil pessoas perderam a sua vida por não saberem pronunciar a palavra Shiboleth. (Juízes 12:5, 6)

Adão não teve sogra.

A única idade de mulher que se menciona na Bíblia é a de Sara (Gên. 23:1)

A primeira cirurgia foi realizada por Deus, quando tirou uma costela de Adão. (Gên. 2:21,22)

Além de Jesus, Elias e Moisés foram os únicos homens que jejuaram 40 dias e 40 noites. (I Reis 19:8 e Deut. 9:9)

A arca de Noé tinha três andares. (Gên. 6:16)

O Salmo 119 é o mais longo da Bíblia, é um acróstico. Os 176 versículos acham-se divididos em 22 seções de oito versos cada uma, correspondendo a cada uma das letras do alfabeto hebraico.

Em Gate houve um homem de grande estatura, que tinha 6 dedos em cada mão e em cada pé. (II Samuel 21:20)

Elias teve o privilégio de comer uma refeição preparada por um anjo.

Existem muitos dados curiosos relativos às estatísticas bíblicas. Um dos números que mais aparece na Bíblia é o 7 Entre os Hebreus este número era considerado sagrado e símbolo da perfeição.

Noé tinha 600 anos quando terminou a arca.

O sábio Salomão deixou mais de três mil provérbios.

A operação matemática mais rendosa foi efetuada por Jesus quando multiplicou 5 pães e 2 peixes para alimentar a mais de cinco mil pessoas e ainda sobraram 12 cestos cheios.

Judas vendeu a Jesus por 30 moedas de prata, equivalentes a uns 20 dólares.

Calcula-se que o presente que Naamã ofereceu a Eliseu, do qual Geazi finalmente se apropriou, equivalia a uns 48.000 dólares.

Paulo, o grande apóstolo dos gentios, foi decapitado em Roma por ordem do tirano Nero.

Em I Samuel 17:18, o queijo é mencionado pela primeira vez na Bíblia.

Em juízes 14:18 encontramos um dos exemplos mais antigos de enigma.

Dois reis dos Amorreus foram postos em fuga por vespões.

A última cidade mencionada na Bíblia é a cidade santa. (Apoc. 22:19)

Salmo 117 é o capítulo mais curto da Bíblia.

Salmo 118 é o capítulo que está no centro da Bíblia.
Há 594 capítulos antes e depois do Salmo 118.

O Versículo que se encontra no centro da Bíblia está em Salmo 118:

O livro maior é o dos Salmos, com 150 capítulos.

O livro menor é II João.

O capitulo maior é Salmo 119.

Descobrindo a localização do "Jardim do Éden"


O Jardim do Éden






“E plantou o Senhor Deus um jardim no Éden, do lado oriental; e pôs ali o homem que tinha formado”Gênesis 2:8

A mesopotâmia é conhecida como sendo o berço da civilização, pois é nessa região que a humanidade começou. Ali Adão e Eva foram formados.


O relato bíblico do livro de Gênesis nos fornece uma série de descrições geográficas, ricas em detalhes, servindo como uma preciosa fonte de pesquisas e informações que podem ajudar o estudante a localizar lugares e comprovar histórias.


Eu acredito que esse fato ocorre devido à intenção que o escritor e o autor (Moisés e Deus) têm de mostrar a veracidade e realidade dos fatos e eventos descritos no livro.


É importante notar que em toda a Bíblia, de Gênesis até o Apocalipse, sempre ocorreu uma preocupação de se detalhar os fatos, para que o leitor pudesse acreditar na sua veracidade.


No caso do Éden, muitas informações geográficas são dadas, e serão comentadas a seguir.


Mesopotâmia é uma palavra de origem grega e significa: “entre rios”. Esse nome foi dado devido à região estar localizada entre dois dos principais rios da região, o Tigre e o Eufrates.


É um oásis em meio a uma região desértica.O texto bíblico de Gênesis 2 nos dá informações importantes como:


1. Do Éden nascia um rio que se dividia em quatro braços: Pisom, Giom, Tigre e o Eufrates;


2. A etimologia (origem) das palavras usadas;


3. Terras e lugares citados no texto;


É importante observar que o texto de Gênesis, escrito por Moisés, foi desenvolvido apenas após o Dilúvio. Isto nos faz relembrar que antes da Torre de Babel, e conseqüentemente antes do Dilúvio todo o globo falava o mesmo idioma, todavia, as expressões citadas no livro de Gênesis, com relação ao Éden, têm sua origem em outros idiomas, que não o hebraico. Isso é de uma importância fundamental, como iremos ver.


Alguns nomes são citados no texto (Gn 2:8-14):


• Éden Nome que possui duas origens: a forma Suméria de Éden que quer dizer: "estepe", ou "campo aberto", ou o Semítico, denotando: "luxo" ou "delícia";


• Jardim Localizado ao Leste do Éden. Observe que o jardim era apenas uma parte territorial dentro da região denominada Éden;


• Um Rio Não denominado, vindo de fora do jardim e regando-o, dividindo-se em quatro braços;


• Pisom Primeira divisão do rio principal que vem até a terra de Havilá;


• Havilá Terra ou distrito;• Giom Segunda divisão do rio principal que vem até a terra de Cuxe;


• Cuxe Etiópia (Cuxe em hebraico). Uma terra ou distrito;


• Tigre Terceira divisão do rio principal que vem até a terra da Assíria;


• Assíria (Asshur em hebraico);• Eufrates Quarta divisão do rio principal;


Os lugares citados no texto recebiam outros nomes, no período pré-diluviano, mas esses nomes não são utilizados por Moisés. Os nomes utilizados pelo escritor eram os nomes modernos – da época. Eram os nomes do período pós-diluviano. Então, uma pergunta nos vem à mente: Por que isso ocorreu?


A resposta é simples: porque o autor queria que os leitores conseguissem identificar o local para ter a certeza da veracidade do texto.


Vejamos alguns exemplos:

"Assíria" (hebraico, Asshur) é um nome que os hebreus deram e que se origina de Asshur um filho de Sem, nascido depois do Dilúvio (Gn10:22). Então, no conceito hebraico o nome não existia antes do Dilúvio.


"Havilá" é um nome pós-diluviano (Gn 10:29).


"Etiópia" (Cush, ou Cuxe – Gn l0:6). Nome dado após o dilúvio, originário do neto de Noé, Cuxe, e filho de Cam.

Isso é uma evidência forte de que o escritor estava usando nomes conhecidos na época. Esse é um fato de importância fundamental, pois mostra conclusivamente que ao usar nomes conhecidos o escritor tinha a intenção que os leitores da época conseguissem entender com clareza a mensagem e reconhecer geograficamente a localização do Éden.


Daí a evidência conclusiva de que o lugar (Éden) era real. Se o escritor não tivesse a intenção de que o Éden fosse localizado, identificado, não teria dado tantas informações geográficas a respeito nem tão pouco teria usado os nomes conhecidos no período.


Precisamos entender, ainda, que o jardim do Éden foi destruído com o Dilúvio, mas o local denominado biblicamente de Éden continuava lá, não o jardim, mas o local.


Observe o fato de que o profeta Ezequiel usou o nome Éden para se referir a uma localidade existente em seus dias, em Ezequiel 27:23. Segundo esse texto o profeta Ezequiel localiza o Éden na região conhecida como Babilônia.

Na Bíblia, o jardim do Éden não é só o nome do lugar onde Adão e Eva viveram, mas também uma representação metafórica do Jardim de Deus, isto é, o lugar onde Yahweh mora: Is 51:3; Ez 28:12-15, 31:8-18.


A localização exata do Jardim do Éden permanece um mistério, todavia, o texto de Gênesis 2:8 afirma que Deus plantou o "jardim no Éden, da bando do Oriente", isto é, no Leste.


Essa afirmação aponta para um lugar ao leste de Canaã, que também possuía quatro rios: o Pisom, o Giom, o Tigre e o Eufrates (vv. 10-14).

O Tigre e o Eufrates como sabemos hoje em dia, sem sombra de dúvida, os dois rios da Mesopotâmia que possuem o seu curso inalterado ainda hoje. O Giom (possivelmente o hebraico para "esguichar") e Pisom (normalmente entendido como sendo uma forma do verbo semítico "pular para cima") são mais difíceis de se identificar.

Muitos estudantes acreditam que o Giom é o rio Nilo, e que Cuxe é associado com Nubia, ao sul de Egito. Se esta associação estivesse correta, todo o restante da descrição do local do Éden não poderia fazer o menor sentido, porque nenhuma parte dessa região converge com o Tigre e o Eufrates.

Outros identificam Cuxe como a terra dos Cassitas, ao leste do Tigre, também conhecido como Cuxe durante os tempos antigos. Esta teoria faz um sentido geográfico melhor. Finalmente, ainda há outra posição de alguns estudantes que acham que o Giom e o Pisom eram canais ou afluentes do Tigre e Eufrates.

Há alguns anos uma equipe de pesquisadores conseguiu através de satélite tirar algumas fotos que mostram o leito de dois rios de grande porte juntos ao Tigre e ao Eufrates, que acredita-se tratar do Giom e do Pisom.
Essa mesma região é conhecida pela sua terra de tom avermelhado. O interessante é que o texto bíblico relata que naquele lugar Deus fez o homem do pó da terra (Gn 2:7) e pôs nele o nome de Adão. É importante saber que a palavra Adão, no hebraico, significa: “Vermelho”.


Assim sendo, localiza-se o Éden na região da Mesopotâmia, exatamente como o relato bíblico descreve, e o jardim do Éden ao Leste, contudo, o local exato do jardim não se sabe ao certo, mas as evidências históricas e geográficas são indiscutíveis: Um dia ele esteve ali.






quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Resenha do Livro: A Bíblia e seus intérpretes



Resenha do Livro: A Bíblia e seus intérpretes. Lopes. Augustus Nicodemos. – São Paulo: Editora Cultura Cristã, 2004. Páginas 159-273.


Os Reformadores


A Bíblia na Reforma. Os reformadores colocaram a Bíblia como ponto central, e rejeitaram o conceito de hierarquia da igreja como autoridade máxima. Os reformadores utilizaram se do método de interpretação que busca interpretar as Escrituras pela própria Escritura visando harmonizar as aparentes contradições.


Características da Interpretação dos Reformadores


De acordo com os reformadores o texto possuía um só sentido, o literal; a não ser que o próprio texto indique o contrário. Enfatizavam a natureza divina das Escrituras e sua inspiração. Ao interpretar as Escrituras os reformadores fizeram uso de obras de comentaristas medievais, e dos pais apostólicos, como dos contemporâneos.


Escolásticos e Puritanos


Entendendo a Hermenêutica da Pós Reforma. Com a reforma foi introduzido o conceito do livre exame das Escrituras, e com isso inevitavelmente surgiram controvérsias e disputas teológicas, gerando confissões e tratados teológicos. Com o avanço da Contra-Reforma os intérpretes da pós reforma produziram materiais doutrinários para fortalecer seus membros, como por exemplo o Catecismo Menor de Lutero.


Os Puritanos. Era um movimento que buscava purificar a Igreja, pois consideram que a reforma não havia sido completa. Foram eles que elaboraram uma das maiores confissões de fé, a Confissão de Fé de Westminster.


Características da Interpretação dos Puritanos. Apesar da diversidade entre os próprios puritanos quanto métodos hermenêuticos, no geral seguiam os métodos dos reformadores.


A Interpretação das Escrituras na Modernidade


Impacto do Iluminismo na Interpretação da Bíblia. O Iluminismo se característica pelo sua rejeição a qualquer interferência sobrenatural, negando com isso qualquer possibilidade de existência de milagres nos relatos bíblicos. Negou-se a ressurreição de Jesus, e a veracidade histórica de grande parte da Bíblia. A razão passou a ser a medida da verdade em questões teológicas. O conceito de “mito” passou a tomar o lugar de passagens bíblicas.


Principais Metodologias Críticas. A crítica das Fontes tem como principal objetivo identificar e isolar as supostas fontes, e estudar a teologia dessas fontes. A crítica da Forma se preocupa com a pré-história das fontes escritas, portanto se preocupa com o estágio oral pelo qual o texto passou antes de adquirir forma escrita. A Crítica da Redação centraliza sua atenção nos redatores que combinaram as fontes para formar o texto escrito em sua forma final.


A Chegada da Pós-modernidade na Interpretação Bíblica


Características da Pós-modernidade. Para o pensamento pós-moderno não existe verdade absoluta, toda verdade é relativa. A era da ração falhou, e a era pós-moderna abandou a busca por verdades absolutas e fixas. É impossível ser neutro uma pesquisa, isso foi uma mera ilusão da era moderna. Defendem o inclusivismo.


O Impacto na Interpretação Cristã das Escrituras. Na interpretação pós-moderna adotou-se uma abordagem sincrônica onde a preocupação esta em entender o texto á luz de si próprio e da interação deste com o leitor. Advoga-se também uma pluralidade de interpretações, cada nova leitura de um mesmo texto permite novas interpretações. Vertentes Formadoras dos Intérpretes Pós-modernos.


A Vertente Teológico-Psicológica: Schleiermacher. Schleiermacher adotava o método histórico-crítico e seus resultados. Sua principal obra hermenêutica foi (Hermenêutica geral, 1809-1810). Onde ele acredita que o intérprete pode entender o texto melhor que o próprio autor, e a interpretação de um texto se baseia na compreensão e tem uma dimensão gramatical e outra psicológica, ou seja, o interprete se esforça para entrar na mente do autor. O Cristianismo nas mãos de Schleiermacher tornou-se puramente subjetivo.


A Vertente Exegética: Bultmann. Como liberal rejeitava o conceito de inerrância e inspiração das Escrituras, e adotava especialmente a crítica da forma em suas exegeses. Segundo ele Deus fala somente através de um encontro existencial no texto, e não por verdades históricas. Postula uma cosmovisão onde o mundo é um sistema fechado, onde não pode haver qualquer intervenção sobrenatural. O Jesus que temos nos evangelhos foi feito pelos discípulos, pois os evangelhos vêm vestidos de lendas e mitos sobre Jesus.


A Vertente Teológica: Barth. Saudado como o maior teólogo do século 20, Barth propôs uma nova hermenêutica e uma nova teologia subjugando os efeitos do liberalismo e do método histórico-crítico. Porém seu esforço foi bem sucedido em parte. Fez uma distinção entre a “inspiração verbal” e “inspiração literal”, a primeira seria correta e a segunda deveria ser abandonada, pois trata-se de uma tentativa de dar uma garantia miraculosa para o testemunho das Escrituras.
A Vertente Filosófica: Gadamer e Derrida. Gadamer reage contra o conceito hermenêutico predominante do século 19, onde acreditava-se poder alcançar uma verdade objetiva. Para ele a verdade é sempre relativa e subjetiva. A hermeneutiva deveria deixar de ser metodologia e tornar-se epistemologia ou filosofia do entendimento. Derrida é reconhecido como o pai do desconstrucionismo e do pós-estruturalismo, também dava mais valor ao texto do que à fala.


Os Intérpretes da Bíblia na Pós-modernidade


Estruturalismo Bíblico. Baseado no estruturalismo secular o estruturalismo bíblico. Ele confunde bastante o leitor normal, e mesmo os estudiosos.


A Morte do Estruturalismo. O estruturalismo é acusado de negar a liberdade do individuo e a sua participação no entendimento. Também é acusado de negar a importância da História no processo de formação de idéias.


Crítica da Narrativa, ou Nova Crítica Literária. A crítica da narrativa é essencialmente sincrônica, se preocupa com os aspectos literários da narrativa, focaliza-se na forma como os autores bíblicos narram à história.


Hermenêutica Reader Response. Esta hermenêutica reader response (reação do leitor), enfatiza o envolvimento do leitor na produção e na determinação do sentido de um texto. As diversas variaçõe da reader response, via de regra lêem o texto ideologicamente ou politicamente. Os principais exemplos são a teologia da libertação, teologia feminista, e teologia negra.


Desconstrucionismo. O desconstrucionismo é uma prática de leitura que parte da suspeita e do princípio de que todo texto, se autodestrói, pois ele representa os interesses de dominação de determinados grupos. Propõe a pluralidade da verdade.


Desafios Atuais aos Intérpretes da Bíblia


A Utilização do Método Histórico-Crítico. No Brasil o método histórico-crítico tem se mostrado favorável em alguns seminários e meios acadêmicos, e constantemente nos deparamos em situações em que temos que escolher em aceitar este método ou rejeitá-lo. Vejo que o grande desafio é saber usar as ferramentas proporcionadas pelo método, desvinculando-as de seus pressupostos que muitas vezes são contrários a uma postura teológica conservadora.


Resposta às Hermenêuticas Pós-modernas. Em resposta às hermenêuticas pós-moderna, tem se buscado resgatar a importância do autor para determinar o sentido do texto, juntamente buscar a intenção do autor. Conforme a hermenêutica pós-moderna a distância histórica e cultural é impossível de transpor. Mas porque o homem e o mundo permanecem basicamente os mesmos em qualquer época ou cultura, que podemos transpor o abismo histórico, temporal e cultural.


Diferenças quanto à Hermenêutica Reformada. É evidente que muitas das ênfases da hermenêutica moderna nada tem a ver com a hermenêutica da reforma. As hermenêuticas modernas negam a inspiração da Bíblia e seu caráter proposicional da verdade, e a hermenêutica da reforma aceita. Da mesma forma a hermenêutica moderna apregoa a obscuridade dos textos bíblicos, e a reformada admite a possibilidade de conhecermos o sentido das Escrituras. A hermenêutica moderna apregoa que um texto pode ter múltiplos sentidos, e a reformada acredita que o texto tem um sentido verdadeiro e pleno.


A Lingüística e a Hermenêutica Bíblica: Diálogo e Desafios para o Intérprete do Século 21
A Abordagem Lingüística e suas Técnicas Hoje. O campo da lingüística geralmente é dividido em: Sincrônica (descritiva) ou Diacrônica (histórica), Teórica ou Aplicada, Microlinguística ou Macrolinguistica. O campo sincrônico e Macrolinguística têm prevalecido sobre os demais. Na hermenêutica bíblica alguns pesquisadores têm se utilizado áreas da macrolinguística.


Algumas Áreas de Estudo da Macrolinguística. A pragmática tem como uma de suas características, analisar os fatores pragmáticos que influenciam nossa seleção de sons, construções gramaticais e de vocabulário dentro do recurso da língua. Já a Lingüística Textual tem como um de seus objetivos a análise básica do texto, buscando estudá-lo no seu contexto pragmático (produção, recepção e interpretação) e ativando estratégias para a construção de sentidos. Na análise do Discurso se tem como um de seus objetivos entender que todo discurso é ideológico e para sua análise devem ser considerados os aspectos lingüísticos e socioideológicos.


As Perspectivas da Interpretação Bíblica: O Diálogo com a Lingüística. Tem que se ter cuidado ao dialogar com áreas da macrolinguística, e acabar usando indiscriminadamente terminologias sem conhecer os pressupostos. E também relativizar o conceito de significado extraído do texto. Por outro lado encontramos contribuição para analises bíblicas com o uso da macrolinguística, tais como, destruir a idéia de que alguns autores bíblicos são “inferiores” devido ao não uso da forma culta da língua, pois o que existe para a macrolinguística são variedades diferentes explicáveis.


Observações


Augustus Nicodemos Lopes, se posiciona como teólogo reformado e escreve a partir deste pressuposto. Ao tratar sobre o período dos reformadores ele destaca que este período foi marcado pelos princípios de interpretação de Antioquia. Após ele demonstra a hermenêutica dos Escolásticos e Puritanos, partindo então para a interpretação das Escrituras na modernidade, e em seguida a chegada da pós-modernidade na interpretação bíblica. Segue-se no capítulo 14 uma análise dos principais intérpretes pós-modernos com suas vertentes.


Ele da atenção especificamente aos interpretes da Bíblia na pós-modernidade, e a maneira como alguns intérpretes analisam os textos bíblicos. Augustus reconhece que existem aspectos positivos nas hermenêuticas pós-modernas, mas na grande maioria de suas conclusões nada se aproveita, seguindo a linha reformada do autor. No capítulo 16 que considero muito importante ele trata dos desafios atuais aos intérpretes da Bíblia. Considero importante devido estarmos vivenciando em muitos seminários teologias propagadas na atualidade que se alicerçam sobre as hermenêuticas modernas e pós-modernas, sem ao mesmo analisar e questionar seus pressupostos.


Concluindo sua obra ele insere um apêndice de Robério Basílio, buscando tratar sobre a lingüística e sua relevância para a hermenêutica bíblica. Neste apêndice Robério demonstra o déficit em que as obras de hermenêutica estão ap ignorar a lingüística como meio de análise dos textos bíblicos.


No geral a presente obra de Nicodemos é relevante para os dias atuais, especialmente para aqueles que crêem ser a Bíblia um livro inspirado e divino. Ela vem acrescentar ao meio evangélico na compreensão através da história da interpretação Bíblica.

Resumo do Livro - Trabalho Pastoral: Princípios e Alternativas



Autor: Alberto Barrientos


Índice


Primeira Parte - Pricípios do Trabalho Pastoral


1. Pressuposições Teológicas do Trabalho Pastoral
2. Os Objetivos do Pastorado
3. Alvos Finais do Pastorado
4. Os Campos de Trabalho Próprios do Pastor


Segunda Parte – Áreas de Administração Pastoral


5.Vida e Lar do Pastor: Sua Administração
6.Formação dos Cristãos
7. A Evangelização: Generalidades
8. A Evangelização: Como Proclamação
9. A Evangelização e Discipulado
10. A Evangelização e o Envio de Missionários
11. A Evangelização e Formação de Novas Igrejas
12. Ministração da Palavra
13. Os Relacionamentos na Igreja
14. Assistência e Mudança Social
15. O Culto
16. Ordem e Disciplina
17. O Aconselhamento
18. Organização

Primeira Parte


Princípios do Trabalho Pastoral.


Sabemos que o pastor se considera uma pessoa de ação e movimento, porém, este trabalho exige muita observação e incentivo pessoal para com os fiéis, tendo então o pastor uma intimidade com o Espírito Santo. Podemos ver em Jesus e em Paulo exemplos de intensos trabalhos com idéias claras e definidas.
Para obter um belo desempenho o necessário seria usar os conceitos em forma de plataforma teórica do pastorado.


Capítulo 1
Pressuposições Teológicas do Trabalho Pastoral. Enunciados
O fundamento do trabalho pastoral é a palavra de Deus.


1. Deus Está Presente e Ativo no Mundo
Deus criou o homem e a mulher, mas o pecado separou-os de Deus, mas apesar disto Deus com toda certeza continua presente no mundo e nem se desinteressou por sua obra. Sua maior obra que foi através de Seu filho Jesus foi e redenção de nossos pecados, porém por pouco tempo, mas Deus não nos deixou sozinhos nos mandou o Consolador Espírito Santo. Deus se preocupa com todas as pessoas, e o trabalho pastoral está fundamentado nisto. A motivação para tal ministério deve vir de deus, tendo então a pessoa o mesmo sentir de Deus.


2. Há um Povo Especial no Mundo
Os cristãos em suas posições são um povo muito importante para Deus, tanto que fomos chamados de “embaixadores”, e Deus está presente no mundo atuando através deste povo. O trabalho pastoral reconhece a realidade deste povo que se vincula a realidade de Deus, por isto se fundamenta neste princípio.


3. O Povo de Deus Necessita Direção
Deus com sua infinita sabedoria constituiu os ministérios dentro da igreja para que seu povo tivesse correta direção, para que então estejam preparados para servir o Reino de Jesus.


Capitulo 2


Os Objetivos do Pastorado


O trabalho Pastoral deve ter uma direção precisa, não podendo então ter uma visão unificada da obra de Deus, assim poderá desenvolver um trabalho que satisfaça a Igreja e principalmente a Deus.
Primeiro Objetivo: Dar À Igreja um Lugar em sua Comunidade.
A igreja pode estar localizada em qualquer lugar, desde que a vida cotidiana de seus fiéis seja “luz”, ela terá um bom lugar na sociedade.
Segundo Objetivo: Reconciliar e Unir as Pessoas Com Deus.
Este trabalho, porém, se projeta na obra do evangelismo, e o trabalho do pastor é formar íntegros evangelistas.
Terceiro Objetivo: Forma e Aperfeiçoar os Cristão.
Este objetivo este ligado à ação do pastor não se preocupar em levar somente as pessoas a conhecer Jesus, mas em dar assistência à vida toda para que não se tornem crentes mornos, quer dizer que este trabalho deve ser tão intensivo, para que no dia final os cristãos estejam perfeitos.
Quarto Objetivo: Criar e Amadurecer relacionamentos.
O trabalho do pastor é ensinar os cristãos a se relacionar com Deus, uns com os outros, sujeitando-se aos ministérios da igreja, e se relacionar com as pessoas de fora da igreja também, sempre mantendo a ordem e a disciplina, contando com a ação do Espírito Santo.
Quinto Objetivo: Organizar e Mobilizar Capacidades.
Neste o objetivo do pastor, guiado pelo Espírito Santo é separar cada membro para cada função aperfeiçoando para que eles façam a obra de Deus.


Capítulo 3


Alvos Finais do Pastorado


Os pastores têm que se preocupar com a eternidade do cristão, entendendo claramente qual o plano de Deus para seu povo no futuro, o povo sem visão perece. Tendo como objetivos alguns alvos finais:
1. Apresentar Perfeitos os Crentes
2. Preparar os Cristãos para Servir no Reino Terreno de Jesus
3. Apresentar uma Igreja Unida
A visão é necessária para o ministério Pastoral.


Capitulo 4


Os Campos de Trabalho Próprios do Pastor
1. Pessoas
O trabalho pastoral se refere a seres humanos, será preciso primeiramente conhecer cada pessoa, apresentar o plano de Deus e guia-la em Seus caminhos, porém o pastor não enxerga somente a alma que precisa ser salva, mas as pessoas com seus atos em si. O trabalho com as pessoas é construir vida para eternidade, porém, é fundamental que o pastor conheça as pessoas ou aprenda a conhece-las.


2. A Igreja Local


A igreja é um grupo humano, tem que ter a evangelização e adoração, recolher e administrar fundos e desenvolver sua própria liderança. O pastor deve pensar que tem que ser um criador de relacionamentos, com alvos claros e com organização, o Espírito Santo guia os lideres para ordem da igreja e a administração sob a direção do Espírito é necessária porque agrada a Deus.


3.Denominação


O ministério pastoral desempenha um papel muito importante neste objetivo, pois não pode fazer da denominação um circulo único, tem que ser levado em conta que ela faz parte de uma denominação, tendo sempre em mente que a igreja do Senhor é muito mais que a igreja local. O pastor e a igreja devem criar um tipo de vinculo mais próximo com a sua própria denominação.


4. As Outras Denominações


O pastor tem que trabalhar em cima do fato que a igreja é “una” independente das divisões e denominações, porém tem elementos que tem que evitar e outros que deve buscar. Portanto seria bom que todo pastor fizesse parte de conselho de pastores e trabalho evangelísticos. Os pastores têm que seguir um padrão geral a edificação do Corpo de Cristo mesmo trabalhando separadamente.


5. A Comunidade Civil


A igreja precisa sentir-se parte desta comunidade e contribuir com ela de alguma forma, e o pastor considerar a comunidade.
Segunda Parte
Áreas de Administração Pastoral
O trabalho pastoral é muito mais que um bom pregador e visitador de irmãos, requer uma preocupação com todas as tarefas, é um trabalho de organização com o propósito de alcançar os objetivos propostos através de uma ação de toda igreja unida.


Capítulo 5


1. Viver Jesus
O pastor primeiramente tem que viver Jesus, então sua pregação se tornará um exemplo vivo de sua vida para com a igreja, requer-se então uma intimidade maior com o Espírito Santo e sincera conversão a Deus, o pastor não só ensina nos sermões mais através do que vive e do que fala.


2. Seu Treinamento


A necessidade do estudo para o ministério pastoral é muito grande, porém ele pode melhorar sua formação com o estudo pessoal diário, a visão, no entanto é para que o pastor sempre esteja procurando se aprimorar no seu ministério de alguma forma. Os pastores em geral na medida do possível deveriam ter um estudo secundário, também estar sempre informado com as notícias culturais. A distribuição do tempo do pastor é muito importante tanto para o que se dedica parcialmente como o de tempo integral. Em geral, parte da tarefa do pastor é saber analisar e solucionar problemas, isso permite que a igreja cresça com ordem, o necessário é que o pastor conheça as características, necessidades e oportunidades de sua região para vir se aperfeiçoar nesta área.


3. Seus Relacionamentos


Seus círculos de relacionamentos geralmente são os irmãos da igreja que vão até um certo limite, isso porque tem medo de ser criticado por ter preferência por algumas pessoas. Assim como na bíblia fala que Jesus e Paulo tinham alguns relacionamentos mais íntimos de amizade, o pastor também deve ter alguém que possa o conhecer e que ele conheça melhor, porém o pastor igualmente aos fieis necessita ajudar e ser ajudado, é necessário que o pastor melhore e amplie seus relacionamentos com a igreja.
Deve-se também cultivar os relacionamentos com o outros pastores, se eles viverem entre si com atitudes negativa não vão prejudicar a si mesmo como vai refletir na igreja toda. Todo pastor deve conhecer as pessoas importante de sua comunidade e se possível colaborar com elas. Seu trabalho será mais amplo á medida que se relacionar mais amplamente.

4. Sua Família

O pastor não necessariamente precisa ser casado, sabendo ter cuidado com seus relacionamentos para que não venha cair nos laços do diabo. A família do pastor pode servir de alicerce ou de perturbação, é muito importante saber administrar a atenção com o lar e com o Senhor. O pastor tem que entender que para Deus não há homem ou mulher, portanto o homem deve dar o devido respeito a mulher, para que então no seu lar possa ter um relacionamento de paz e harmonia, e a mulher responderá com amor e submissão. O sexo, porém, deve existir dentro do lar do pastor junto com sua esposa, e de consciência limpa de igual para igual, criando um laço de amor e diálogo.
A esposa do pastor pode ajuda-lo em todas as funções da igreja, sabendo ambos qual é o ministério que Deus determinou para tal mulher, e que a mulher não acabe abandonando seu lar devido ao trabalho ministerial, porém deve ser comunicado á igreja qual o cargo em a esposa ou o pastor ocupará.
Ë muito importante ressaltar que o pastor deve ter um momento de privacidade com sua família dentro de sua casa, mas, nem sempre isto é conseguido, geralmente quando a casa pastoral fica do lado ou nos fundos da igreja se torna o ponto de encontro, então não se descarta ser melhor que o pastor venha morar um pouco mais distante. Seus filhos são como de todos os outros fiéis, e não como algumas pessoas pensam que filho de pastor tem que ser santo, no entanto o pastor deve educa-lo com a direção do Espírito Santo e guia-lo para o caminho de Deus, sabendo que mesmo assim só o fato dele ser filho de um pastor irá ser muito mais cobrado e criticado. Referente as finanças do pastor, não é necessário que o pastor viva somente da obra, ele pode, porém trabalhar secularmente sem receios, pois o pastor é uma pessoa como as outras e pode ter uma vida secular bem sucedida.

Capítulo 6

Formação dos Cristãos

Esta, porém, é o que diferencia uma igreja unida com uma igreja cheia de problemas, a bíblia nos ensina que Jesus determinou que fazer discípulos era necessário, e ensina-los todas as coisas, o discípulo aprende de seu mestre e espera ser igual a ele, se propondo a tal. O pastor não deve fazer tudo na igreja, ele tem que formar e capacitar cada um com sua função, assim como no corpo humano cada órgão tem sua função dirigida pela cabeça, que neste caso é Jesus, ele deve formar os cristãos para que se um dia vier faltar ele possa ter um bom sucessor.

1. Pressuposições que Precisam ser Corrigidas.

1.1- A converção como meta final.
Para uma pessoa chegar até Jesus precisa de muita oração, portanto não é somente entregar sua vida a Ele e pronto já acabou, o resto da vida dessa pessoa importa muito, ela está começando a viver dignamente nos caminhos do Senhor, então vamos ressaltar que a formação desta vida é tão importante como a converção.

1.2- Não deve haver diferenciação na igreja.
O pastor não deve favorecer alguma pessoa dentre as outras, mas a diferenciação tem que haver para que cada um cresça conforme sua raiz, tendo como exemplo a área de ensino, cada membro deve ter sua classe na escola bíblica para ter sua correta formação.

2. O Sermão Como Varinha Mágica

Não devemos ter o sermão como alicerce dentro da igreja, porque não haverá formação, o sermão não ensina muito, também não dá para saber quem é que houve, guarda e pratica-o, por isso não se deve usa-lo como meio de comunicação, e ainda a igreja que só tem este ato como prática acaba formando crente que só ouve a palavra com o pensamento de que não tem nada a fazer na casa de Deus.

3. Programa Básico de Formação Cristã

A igreja pode trabalhar com um esquema básico de quatro níveis.

4. Programa de Evangelização
Pode-se estabelecer curso de evangelização não muito extenso para que cada vez que chegar uma pessoa não crente seja formado neste, guiados pelas pessoas que cresceram no curso.

5. Programa de formação inicial

Deve iniciar-se assim que a pessoa se entregar a Jesus, seria viável que a mesma pessoa que a conquistou para Cristo a guiasse neste curso, para isso o pastor e o novo crente deve ter um modelo do processo de formação, isso ajuda e orienta a nova vida em Jesus. Este modelo porém é o próprio Jesus, devemos ensinar que temos que crescer ficar da estatura de Jesus, este é o alvo de todo cristão, diferente de somente ganhar aquela vida e ensinar que é somente isto e pronto.

6. Curso Bíblico

Um curso curto e prático sobre a Bíblia, principalmente abrangendo o Novo Testamento, praticado por aqueles que já foram discipulados e estão discipulando alguém. As pessoas que estiverem neste curso, portando deve ter muita atenção e procurar comprar alguns livros a respeito da matéria para que, portanto no futuro possa vir ser um professor. Assim a igreja forma seus próprios ensinadores.

7. Cursinhos

O objetivo deste aspecto é de formar equipes para trabalhar conforme a necessidade da igreja, usando um conjunto de cursos. Deve-se fazer este, as pessoas que já tenham concluído os cursos supra citados.

Capítulo 7

A Evangelização: Generalidades

O objetivo do ministério pastoral fica estabelecido que é o de unir as pessoas com Deus. E nós vamos tratar disso neste capítulo.

1. O Lugar da Evangelização na Igreja

Esta é a responsabilidade é da igreja, e deve ser levado muito a sério, e o esforço pastoral tem de ser específico à evangelização. Sendo tarefa de toda a igreja, o Espírito Santo derrama sobre seu povo a autoridade do evangelismo e a bíblia também nos orienta a cerca disto. O problema é que não é toda a igreja que se mobiliza a fazer este trabalho, porém, o fruto é mais reduzido. Temos que nos atentar ao modelo bíblico “O trabalho de evangelização deve partir da igreja local através de uma ação pastoral adequada”.

2. Modelo Bíblico

É importante que o pastor motive sua igreja para uma evangelização total, permanente e profunda. O ideal é que tenha uma programação que treine e motive os irmãos para este propósito, tendo com base Jesus dentro desta programação. Para ter cristãos maduros os pastores devem começar corretamente o fundamento, ensinado que Jesus salva, cura e liberta mas não enfatizando nenhuma das três características para que a pessoa não venha à Ele somente por isso. É preciso que a pessoa saiba que somente será salvo pela fé e não só ir até Ele, mas tomar seu jugo.

3. Bases Gerais Para Uma Boa Evangelização

Para obter uma boa evangelização será necessário alguns quesitos:

3.1 É necessário conhecer a mensagem: Para os irmãos levarem o evangelho propriamente dito as pessoas, e não somente o testemunho de vida e converção. Por isso o pastor deve ensinar toda a igreja o conteúdo fundamental do evangelho, e que essa mensagem seja compreendida pelos irmãos.

3.2 É necessário viver em Jesus: As pessoas crêem mais no que vêem na vida dos cristãos, do que no que eles dizem.


3.3 É Necessário Traçar um Plano: Deve ser traçado um plano ou estratégia evangelizadora de acordo com cada igreja, este plano, porém, deve satisfazer os povos que a igreja quer ou tem de alcançar. Não importa que a igreja de todo o mundo tenha planos diferentes de se trabalhar o importante é ser guiada pelo Espírito Santo para alcançar vidas.

4. Objetivos de Um Programam de Evangelização

O processo de evangelização é muito mais que pregar a palavra nos cultos, a partir de uma igreja local ela deve reunir os quatro elementos básicos que é: enviar missionários, fazer discípulos, proclamar o evangelho e formar igrejas novas.

Capítulo 8

A Evangelização Como Proclamação

1. A Mensagem.

Na igreja a mensagem é definida e simples, o ser humano é separado de Deus por causa do pecado, pecado este que às vezes o leva até a separação da sociedade, porém, a mensagem tem de passar que Deus nunca nos desamparou e que ele esta esperando a nossa decisão para termos nova vida. Também tem que passar que esta vida com Deus inclui: o perdão de deus e o esquecimento de toda vida passada, amar e ser amado pelo povo de Deus e fazer parte dele e segurança de vida eterna. Deve ter uma visão do que significa a converção a Deus, isso ajudará o pastor e quem se converte ou vai se converter a levar uma vida de fé com Deus.

2. Condições Para Proclamação do Evangelho

A proclamação deve ser em uma via pública onde as pessoas ainda não conhecem a Jesus, e para obter conversões sólidas é preciso declarar o amor de Deus para com o ser Humano e o que Deus oferece e exige em seu amor ao pecador. O pastor, porém, deve estar ciente das dificuldades de proclamar o evangelho e das barreiras que poderá enfrentar, então deve ser feita não somente com muita oração, mas também com o coração.

3. A Proclamação Através de reuniões ao Ar Livre

É muito diferente dos cultos feitos nas igrejas, porém deve ser levado em conta que não pode ser uma palavra longa, mas objetiva, deve ter uma música bem alegre, os irmãos que acompanharem o pregador deve estar ciente que estão indo para trabalhar, pode-se oferecer oração às pessoas presentes pelas suas dificuldades, e se acontecer algum imprevisto de ter que parar o culto os irmãos se espalhem para se encontrarem em um lugar combinado.

4. A Proclamação Através do Rádio

Primeiramente deve ser definido qual tipo de pessoa vai ser abrangida, os crentes ou os que não conhecem a palavra, se for o item dois, então o programa deverá ser breve, ter uma contato com o ouvinte seno que depois o pastor deverá visitá-lo, as músicas devem ser mais conhecidas e não tão religiosas, não criticar outras igrejas e se a região tiver dois idiomas, o pastor deve se orientar para ver qual dos dois é mais conhecido entre o povo.

5. A Proclamação Pelas casas

Este trabalho pode ser realizado em toda a comunidade próxima a igreja, portanto deve-se ter um plano ou mapa da região, se tiver mais igrejas na redondeza pode-se aderir um agrupamento entre os irmãos. O folheto ou o texto bíblico sempre é mandatório, mas esmo assim é necessário a palavra, o testemunho é de extrema importância para a família visitada tenha exemplo vivo do que deus pode fazer com ela, se houver interesse deve-se combinar uma data para outra visita.

6. A Proclamação Através de Campanhas

È uma das formas de proclamação somente, nas campanhas deve ter espaço para que o poder de Deus cure e liberte, se feita em publico deve-se depois ter um acompanhamento entre os presentes por que as vezes a pessoa professa sua fé mas não sabe ao certo o que isso significa, é preciso saber que o importante nessa área é a ação de deus através da oração de seu povo e a atuação do Espírito Santo no ensino da palavra.

7. A Proclamação Através de Células

Uma maneira muito dinâmica para o desenvolvimento da proclamação do evangelho por meio de empresas, escolas, escritórios etc. Portanto quando há um ou mais crentes nesses estabelecimentos é necessário começar juntos o trabalho de evangelismo, deixando de lado qualquer tipo de diferença, recomendando a igreja mais próxima da casa da pessoa interessada. Deve-se ter um encontro semanal entre os crentes para preparar juntos a próxima reunião, comunicar a diretoria da empresa é um fator muito importante, a reação sendo negativa devem, porém fazer de uma forma secreta.

8. Proclamação em Lares

Como Paulo nos recomenda que sejamos bondosos para com todos (Fp. 4:5), é de extrema importância que tenhamos um bom relacionamento para com nossos visinhos, e não passarmos por estranhos. Os vizinhos nos proporciona um bom campo de evangelização, pode ser distribuído literatura entre a vizinhança, ter uma atividade em ruas, condomínios, tais como filmes evangelísticos ou estudo da palavra. Para que isso aconteça é importante que a pessoa responsável pelo trabalho seja muito bem treinada ao assunto.

Capítulo 9

Evangelização e Discipulado

Este trabalho é muito importante dentro das igrejas, mesmo porque é um mandado de Jesus: “Ide e fazei discípulos”, os pastores, porém não podem ficar restritos em somente pregar o evangelho, mas sim formar discípulos para que haja um avanço da igreja.

1. Benefícios e Condições

Praticando um tipo de discipulado as igrejas tem encontrado muitas vantagens, porém, o pastor só deve desenvolver este trabalho se quiser ter uma equipe de liderança e não teme-la.

2. Discipulado: Vida e Método

Primeiramente deve-se saber diferenciar o ser discípulo do fazer discípulos, o ser discípulo é um viver a fé, e fazer discípulos tem uma metodologia variada.

3. Modelo de Um Discípulo de Cristo

Há seis áreas básicas em que podemos formar um discípulo:
Aprende e transmite a fé e a doutrina (2Tm 6.20,02. 2,02, 2Tm 1.13-14, Jô 8.31).
Aprende a amar e servir a Deus (Jô 12.25-26, 2Co 5.14).
Aprende a amar e servir no Corpo de Cristo (Jô 13.34, 1Pe 1.22, 1Jo 8.20-21).
Aprende a amar e servir todas as pessoas (Rm 13.17-21, Gl 6.10, Fl 4.5, Tm 3.8).
Aprende a valorizar a sua própria vida (Lc 14.16-17, Rm 12.3-6, Jô 10.10).
Aprende a viver dentro das estruturas do mundo (Mt 5.13-16, Lc 16.8).

4. Como Fazer Discípulos

Começa pela vida do pastor, que tem quer ser um exemplo de discípulo de Jesus, que precisa de muita ajuda do Senhor. O alvo é igreja, para isso deve-se planejar um discipulado de anos talvez,para uma base sólida e permanente na igreja o processo inicial é de um curso de oito a doze meses. A igreja deve ser informada e motivada com estudos sobre a missão que Deus lhe tem dado, esta forma ajuda muito, os grupos não podem ser numerosos, o ideal é ter grupos de até doze pessoas, esses grupos devem ser misturados entre homens, mulheres e jovens com maturidade, que para o discipulado a maturidade é muito importante, deve-se reunir uma vez por semana com uma freqüente presença. O estudo da bíblia ou de um tema pode-se levar ao diálogo dentro do grupo, e este é muito importante entre os demais, o pastor deve acompanhar mais estes irmãos levando-os a retiros de oração ou em alguma campanha, se vai orar ou ungir um enfermo deve estar acompanhado de algum dos irmãos.

Capítulo 10

Evangelização e Envio de Missionários

O trabalho pastoral a tal assunto será guiar a igreja a uma visão missionária, e em todas as igrejas deve-se haver irmãos dispostos a viajar para levar a palavra do Senhor, para isso é necessário um bom discipulado.

1. Objetivos Missionários

O envio de missionários deve abranger áreas especificas, compreender com clareza cada área, afim de fazer um trabalho bom e correto. O campo missionário abrange tais áreas:
-Áreas geográficas
-Grupos Étnicos
-Grupo de Ocupação Especifica
-Outros grupos, (os presidiários, os que vivem em sanatórios, e os refugiados).

2. Recrutamento Missionário

Para começar um programa missionário, é bom ter um curso de formação e um curso bíblico abrangendo a tarefa missionária, dada pelo próprio pastor ou por algum seminarista mais experiente nesta área, incluindo: onde se quer trabalhar, característica do local, qual a posição das pessoas a palavra de Deus, ter um conhecimento das pessoas influentes do povoado, traçar um plano inicial, que meios usaram para começar uma campanha, qual a literatura usada, qual meio de locomoção, de onde virá o dinheiro para o sustento, quais os objetivos, e o que vão fazer com os resultados. Uma estratégia para conseguir algum resultado é a seguinte: jejum e oração, visitação e campanhas, avaliação dos resultados e se os foram conseguidos, continuação do trabalho com base nos pontos, reavaliação deste, estabelecimento de uma nova igreja, abertura de novos campos, oferecer seminário de missões e estabelecer novos trabalhos, Com essa estratégia a igreja pode obter um resultado missionário muito bom, assim continua-lo com os novos convertidos.

Capítulo 11

Evangelização e Formação de Novas Igrejas

As igrejas devem ser como as pessoas que nascem crescem e reproduzem, todas as igrejas deveriam ter ciência de formar outra igreja, mas igreja não significa somente reunir pessoas e pregar o evangelho é muito mais que isso. Aqui tem um plano básico de formação de igreja:

1. O Alvo

A primeira idéia que todo pastor que quer formar uma igreja deve ter é de uma igreja com atitudes maduras. Os elementos básicos da igreja madura são os seguintes:
1.1 Um grupo de pessoas que ouvem o evangelho e se converta e Cristo.
1.2 Um conjunto de crenças aceita por todos.
1.3Relacionamentos que se caracteriza da seguinte forma: (1) Relacionamentos internos, (2) relacionamento com a igreja mãe, (3) relacionamento com a denominação e (4) relacionamento com o restante do corpo de Cristo, (5) relacionamento com a comunidade.
1.4 Governo e liderança própria.
1.5 Estrutura administrativa.
1.6 Programa de trabalho
1.7 Lugar para reunir-se.
1.8 Sustento econômico
1.9 Capacidade de reprodução.

2. Passos a Seguir

Para se alcançar o alvo é necessário que a igreja defina seus passos com a proclamação, resultados da proclamação e desenvolvimento da liderança e organização.

Capítulo 12

Ministração da Palavra

É uma das partes mais importantes no ministério pastoral, por isso é bom que seja muito bem desenvolvido, para que a igreja ande na presença e na vontade de Deus.

1. Exame de Certas Práticas.

É muito comum hoje nas igreja caracterizar um bom pastor por sua forma de pregar, ou seja, um bom pregador seria um bom pastor, mas não podemos generalizar a igreja somente com pregação, para ser um bom pastor é necessário ter uma boa noção de administração e boa pregação, outro aspecto é de multiplicar a forma de se pregar a palavra não ficar somente restrito em fazer o sermão no púlpito, mas usar várias técnicas e maneira que venha a envolver o povo da igreja. O principal propósito da pregação é fazer com que tanto o pregador como o fiel seja atingido com a palavra e aplique isto em sua vida.

2. Possibilidades de Ministração da palavra.

É importante ressaltar que a bíblia deve ser lida de tal maneira que provoque na pessoa uma reflexão e vivencia, e isso é possível. Bom seria se envolvesse a igreja toda com a leitura da palavra, pois, uma leitura feita dessa forma sempre é proveitosa, depois disso pode-se dar um espaço para que cada um fale um pouco do que entendeu, essa prática é muito preciosa, por que cada membro pode aplicar na sua vivencia atual e tentar melhorar, as igrejas devem aplicar tal método para saber o valor da reflexão. Pode-se também usar outros métodos de pregação, como fazendo perguntas e obtendo respostas ou usar o quadro negro para uma explicação melhor, todos esses métodos são para obter uma variação da ministração da palavra para que não fique restrita somente a um monólogo de pregar em púlpito.

3. Profecias e Visões.

Este tema está relacionado com a palavra de Deus, mas temos quer ver alguns conceitos: tais dons podem vir de Deus, mas também pode ver do homem ou de satanás, então deve ser muito bem analisado quando alguém ministra uma profecia, por isso é necessário pedir discernimento para Deus e isso é responsabilidade da liderança da igreja.

4. Programa de Pregação.

Existem dois aspectos de pregação, os de temas que surgem com os problemas diários, e os que são inspirados da própria bíblia, porém, o mais correto é o segundo e para este deve ser muito bem estudada a palavra de Deus e ler livros do tema, já o primeiro não é muito recomendado, pois o pastor acaba crendo que os problemas que surgem podem ser resolvidos no púlpito.

5. Reflexão e Apelo

A palavra deve ser pregada de maneira que envolva o ouvinte, a ponto do pastor ser guiado pelo Espírito Santo para fazer o apelo e então as pessoas sejam atingidas pelo poder da palavra e acabar se entregando a Cristo.

6. Pregação e meio Ambiente

O mais comum tipo de pregação utilizada pelos pastores é a de organizar esboços com alguns tópicos, mas nem sempre esse é o melhor método, o mais viável é o que flui e vai para frente como um rio, um pensamento leva a outro, um bom pregador não é caracterizado pela proporção ou pela organização de esboço e sim pela comunicação da Palavra de Deus, e a forma pode-se variar de ajuste com cada circunstância.

7. Pregação do Pastor

O pastor não deve se preocupar somente com a pregação do próximo domingo e sim com os próximos anos de seu ministério, então deve ter em mente que a leitura bíblica devocional todos os dias não é suficiente para o estudo dos sermões, o ideal é separar um tempo de no mínimo duas horas diárias para o aprofundamento da palavra, estudando cada livro com suas bênçãos, origens, personagens etc.

Capítulo 13

Relacionamentos na Igreja

A igreja é um corpo com membros diferente que obedecem uma mesma cabeça “Jesus”, para crescer e desenvolver é viável que haja harmonia e trato amoroso internamente entre si.

1. Igreja Primitiva

Toda converção a Jesus implica em uma mudança nos relacionamentos uma transformação na maneira com interagem as pessoas. Vemos muitos exemplos na bíblia de união e falta de amor. Amor: no caso dos três mil convertidos (At. 2:43-47). Desunião: Vemos a igreja de Corinto de desfazendo pela falta de amor.
Isto nos mostra que a união nas igrejas é muito importante, hoje em dia é muito evidente vermos as igrejas começarem, mas não ir em frente por falta de relacionamentos verdadeiros dentro delas.

2. Principais Áreas de Relacionamentos

As principais áreas são:
-Relacionamentos entre o pastor e os irmãos
-Relacionamentos entre irmãos e irmãos
-Relacionamentos entre pastor e lideres
-Relacionamentos entre anciãos e lideres
-Relacionamentos entre os próprios líderes
-Relacionamentos entre jovens e adulto
-Relacionamento entre as igrejas
-Relacionamentos entre igreja e denominação
-Relacionamentos entre igreja e comunidade civil

3. Causas de Problemas nos Relacionamentos

Primeiramente o pastor deve estudar a raiz do problema e quem está envolvido nele, depois o pastor de estudar formas de resolver cada tipo de problema, a principais causas desses problemas são:
-Problemas de Autoridade
-Problemas de Administração
-Assuntos Doutrinários Secundários
-Pessoas Problemas
-Situações de Mudanças

4. Rumo à Maturidade nos Relacionamentos

Começa a partir da converção, a pessoa além de se relacionar com Deus ela também faz parte do corpo de Cristo, pó isso, deve se relacionar muito bem com toda a igreja, isso quando a converção for genuína para isso a igreja deve oferecer ao novo convertido um curso básico para que a pessoa tenha tempo de conhecer a sua fé e ter um relacionamento com os irmãos. Após isso, é hora de consertar as brechas, detectado o problema é necessário fazer as correções que exija o caso e por as coisas no lugar devido, porém, o ensino não deve ser voltado para o problema em si e nem para qualquer tipo de problema ele deve ensinar as pessoas e oferecer horizontes mais amplos, agora quando o casa é com uma pessoa específica deve ser tratado diretamente com essa pessoa, para que não venha prejudicar o corpo todo de Cristo. Também pode acontecer do pastor descobrir que o causador de problemas é ele próprio, neste caso o importante é reconhecer a possibilidade que temos em Jesus de descobrir problemas internos, supera-los e ainda libertar-nos deles através do poder do Espírito Santo e da ajuda de outras pessoas. Para finalizar existe variadas formas de relacionamentos como os de organizar grupos de discipulados, os cultos variados não sendo necessariamente formal, a Santa Ceia nos lares, passeios, retiros, tardes de lazer, pode-se fazer uma comunhão de tempo em tempo, visitas a outras igrejas e muitas outras formas de relacionamentos dentro e fora da igreja.

Capítulo 14

Assistência e Mudança Social

1. O Aspecto Material Também Importa

Quando se enfatiza “salvar almas” sincretiza-se um descuido com a parte material, por essa razão, a tarefa do pastor é mostrar ao povo que o corpo tem necessidades espirituais e materiais.

2. As Coisas em Sua Ordem

A ordem é evidente deve ser cumprida da seguinte forma:
1º A Igreja e suas necessidades.
2º Assistência social deve andar junto com evangelismo.
3º Dentro da assistência deve-se ensinar as pessoas a se cuidar sozinhas, para que não fiquem sempre dependendo Da igreja.
4º Examinar condições impostas para ver se é a vontade de Deus
5º As igrejas podem criar seus próprios meios de solução de problemas.

3. Necessidades da Casa

Todas as igrejas têm problemas de ordem material, o ideal é o pastor estudar cada região seu problema e formar um programa de assistência, para isso o ideal é formular um quadro de necessidades, um plano ordenado que permita ir dando passos ainda que sejam lentos, mas firmes, pode ir criando na igreja experiência, espírito de fé e de compromisso permanente.

4. Os Dons do Espírito

O Espírito da dons de serviço, de compartilhar, de misericórdia, de aconselhar próprio a cada situação, também da dons de cura e operação de milagres, estes são praticados em várias igrejas assim como também serve de auxilio para com os irmãos como o dom de cura, pena que em algumas igrejas seja tão ressaltado o dom de línguas estranhas e acabem se esquecendo que este é único e exclusivo de uso pessoal. Além disso, quando diferentes dons operam, o propósito divino é claramente visto.

5. Presentes nas Necessidades da Comunidade

A participação da igreja na comunidade deve ser durável, pois a igreja não pode ter uma atitude egoísta e se fechar perante a sociedade, deve começar por um desejo sincero de amparar e dar, nem sempre é com dinheiro a ajuda, mas oferecendo condições da igreja para com a comunidade. O pastor precisa ter um quadro de necessidades da comunidade e estruturar a igreja para oferecer ajuda nestas áreas, isso auxilia no evangelismo.

6. Mudança Social

Os pastores devem enfrentar a realidade de seu país com maior franqueza, objetividade e esperteza, já que os cristãos não escapam das circunstâncias que os rodeiam e tomam ou tomaram parte de tal.

Capítulo 15

O Culto

1. Bases do Culto

O culto cristão reúne dois rudimentos básicos que é o relacionamento entre Deus e seu povo e o relacionamento entre os membros do povo de Deus.

2. Elementos Básicos do Culto Cristão

Primeiramente o pastor deve passar para a igreja o que Paulo passou para igreja de Corinto que é o amor, a inteligência e a disciplina no culto, e também ter uma atenção totalmente voltada para Deus, pois é Ele quem deve ser destacado. Os elementos básicos para tal formação começar por adoração depois comunhão plena, testemunhos, desenvolvimento de relacionamentos, reflexão na palavra, ministração do amor e do poder de Deus e informação de atividades tudo isso com a presença a ação de Deus.

3. Ordem do Culto

Deve-se ter uma liberdade com ordem ou uma boa direção com liberdade, não necessariamente a igreja tem que ter uma liturgia ou ordem de culto formal fixada, o ideal é deixar o tempo e as atividades da igreja se encontrarem.

4. A Simplicidade do Culto

O culto deve ser de maneira que os fieis dêem graças à Deus, amor uns para com os outros , sabendo que podem edificar os outros e serem edificados, para que o culto se torne uma vivencia da comunidade em que todos se tornam agentes do Senhor.

5. Preparação dos Dirigentes do Culto

O pastor pode formar pessoas para o auxiliar nos cultos, fazendo um curso preparatório uma ou duas vezes no ano. Com estas pessoas o pastor pode ficar tranqüilo quando tiver que realizar outros trabalhos.

6. Observações Gerais Para os Dirigentes de Cultos

O principal é reconhecer que o centro dos cultos é sempre o Senhor, então é necessário que seja impedido qualquer exaltação do pregador para si próprio.
6.1 É necessário planejar as reuniões dos cultos.
6.2 Os obreiros devem estar atentos para as manifestações estranhas no culto.
6.3 Os dirigentes devem estar sempre apresentáveis, sempre com uma bela postura.
6.4 O inicio do culto deve ser sempre alegre para que as pessoas se sintonizem em uma total adoração a Deus.
6.5 Toda a equipe de liderança deve ser informada se vai ter algum hino novo, para que quando comece saiba cata-lo.
6.6 Ao ensinar um novo cântico, o ideal é passa-lo a igreja, cantando-o várias vezes até que a igreja cante pelo menos o coro. O correto é cantar um cântico novo somente a cada culto.
6.7 Deve haver coordenação entre os dirigentes e os levitas.
6.8 Todo o culto deve ter momentos de silencio e movimentos, nenhuma reunião pode ser somente com agitação. Isso pode ser um mau costume.
6.9 Deve sempre se preocupar com as crianças nos cultos, incentivando-as a participar, dando testemunhos etc.

Capitulo 16

Ordem e Disciplina

1- Critérios Gerais

A primeira atitude na igreja deve ser o amor, ajuda uns aos outros, misericórdia, e oração uns pelos outros, principalmente para aquele irmão mais necessitado, esta ajuda dos irmãos dentro da igreja é fundamental, tanto para o crescimento da igreja como para o tratamento dos casos mais difíceis. Deve-se aderir a disciplina em último caso, primeiramente deve-se tentar aconselhar o irmão, mas quando isso acontecer deve ser com amor e não com ódio ou rancor.
A igreja deve ficar sempre atenta, pois a disciplina deve ser aplica em casos de pecados que possa vir prejudicar o corpo inteiro de Cristo, caso não venha ser tomada esta medida, a igreja dará margem para o pecado se proliferar e criar raízes. O pastor deve analisar cada caso, lembrando-se que cada pecado é um caso diferente dos outros, também avaliar o que gerou o tal pecado.
O ensino e a ministração espiritual, são as melhores bases para prevenir tais situações, um programa de orientação espiritual, oportunidades de serviço, oportunidades de recreação sadia, oportunidades de cultivar os relacionamentos normais e satisfatórios, pode ser a melhor prevenção contra certos tipos de pecados.

2- Procedimentos

2.1 A exortação oportuna pode ajudar a prevenir muitas dores de cabeça.
2.2 Toda exortação deve ter um fundamento suficiente, Paulo alerta ter duas ou mais testemunhas.
2.3 Não escutar somente aquelas pessoas que adoram ver pecado em tudo, neste caso o ideal é uma declaração por escrita para que não desminta quando o pastor for até a pessoa indicada para aconselha-la.
2.4 Quanto maior a quantidade de dados do ocorrido melhor.
2.5 Evitar levar o caso a toda igreja.
2.6 Se o cristão insistir em pecar, deve-s então comunicar o órgão máximo da igreja, uma pessoa que não obedece a liderança de uma igreja precisa de uma ação de toda comunidade amorosa, mas forte.
2.7 Tem igrejas que adere a disciplina por algum tempo fixo, mas o caso que Paulo cita é completamente o contrário, quando o cristão peca e se arrepende, e ainda por cima mostra sinais de mudanças deve ser integrado rapidamente no convívio da igreja para que Satanás não venha ganha esta alma para o inferno.
2.8 Tem casos de recém convertidos que requer mais atenção, como os de usuários de drogas, prostitutas e alcoólatras, estes porém necessitam de muito amor e carinho de toda a igreja.
Tudo isso mostra ao pastor e a igreja que, diante das situações de pecados de algumas pessoas, é importantíssimo conhecer bem seus antecedentes.

Capitulo 17

O Aconselhamento.

1- Níveis de Aconselhamento.

É muito diferenciar o aconselhamento da repreensão, muitas vezes o pastor confunde estas duas coisas apesar de ser parecidas são duas coisas distintas.

1.1- Aconselhamento Popular: é o que ocorre nos relacionamentos diários das pessoas que trocam conselhos entre si.
1.2- Aconselhamento Comunitário: geralmente acontece em tribos indígenas, onde alguém tem algum problema e leva para o grupo de aconselhamento, nas igrejas latino americano esta prática não é muito usada, mas todo pastor deveria descobrir o valor que tem neste tipo de aconselhamento.
1.3- Aconselhamento Pastoral.
1.4- Aconselhamento Profissional: este se refere aquelas pessoas intituladas conselheiros, psicólogos e psiquiatras.

2- Objetivo do Aconselhamento.

O aconselhamento não é uma indicação do que a pessoa deve fazer em uma situação de crise, é um meio, através dele ajuda-se a pessoa a ter uma visão global do problema e não reparar apenas nos detalhes, descobrir as causas, tomar as decisões, amadurecer para que em situações futuras, possa resolve-los por si mesma.
Mas também existe um outro fator, tem casos em que requer realmente a cura interior, com isso o pastor conta com o Senhor.

3- Um Modelo de Aconselhamento

3.1 Conhecer o lado externo da situação.
3.2 Reconhecer os fatores que entram em jogo.
3.3 Descobrir causas:
a) Descobrir causas simples: Propor soluções, definir alvos e avaliar o processo.
b) Descobrir causas profundas: Propor soluções, avaliar o processo e ministrar libertações.

4- Problemas Comuns.

4.1 Problemas Matrimoniais - neste caso podemos detectar vários tipos de problemas que leva um casal a ter a crise matrimonial, exemplos:
a) O sexo – este porém, é um fator muito comum entre os casais, mas para que o pastor possa ajudar o casal te que saber a raiz do problema.
4.2 Problemas Econômicos
São motivados por:
a) Gastar mais do que ganha.
b) Não ganhar o suficiente para as necessidades básicas.
c) Gostar de estar comprando coisas desnecessárias e de luxo.
d) Pagar contas alheias, ser fiador de outros.
e) Não saber trabalhar ou não ter treinamento profissional.
f) Haver na família pessoas que podem trabalhar mas vivem “encostadas”.
g) Situações imprevisíveis como um incêndio, roubo, morte do pai.
h) Irresponsabilidade no trabalho.
i) Ambos ter de trabalhar fora de casa.
4.3 A intervenção de terceiros
Em um lar quando tem outras pessoas tomando decisões cabíveis ao casal, começa gerar muitos problemas.
4.4 Os filhos
Os filhos são uma benção, mas ainda pode causar problemas, não eles próprios, mas as atitudes dos pais.
4.5 A religião
Os problemas por causa da religião podem ocorrer tanto onde os conjugues são de religião diferente como onde ambos são cristãos, a religião por si só não é um elemento que soluciona problemas. As vezes, cria problemas ou os agrava, conforme forem as atitudes.
Portanto, vale a pena ter em mente as recomendações da Palavra de Deus.
4.6 Ciúmes
Isso demonstra insegurança e desconfiança, e o tratamento dos ciúmes pode ser tanto psicológico como espiritual.
4.7 A terceira Idade
Para alguns casais essa é uma época muito difícil, porque eles vêem seus filhos grandes a maioria casados e eles se sentem só, é onde gera a crise.
4.8 Situações Inesperadas
Todos nós estamos sujeitos a essas situações, mas tem determinados casais que deixam de se entender quando acontece algo que interfere na vida afetiva.

Capitulo 18

Organização

1. A Importância da Organização na Igreja

1.1 É necessário que os relacionamentos, a estrutura, as funções, as ofertas, etc..., sejam guiados por critérios inteligentes, a Bíblia nos da vários exemplos de organização dentro da Igreja. Moisés é um em (Ex. 18:13-27).
1.2 É necessário que as igrejas reconheçam entre a relação entre os dons e o ministério, seu correto emprego no corpo,e a relação que tem com os ministérios, para que lá na frente não haja conflito ou ressentimentos entre irmãos e irmãos, ou até mesmo entre pastor e fiel.
1.3 O pastor desempenha um papel muito importante, á pastores que são magníficos pregadores e pessoas excelentes pessoas, mas tratando-se de organização podem até prejudicar seu ministério, deve-se combinar uma coisa e outra.

2. A Estrutura

Toda igreja e pastor precisam continuamente tomar decisões, são os casos de nomeação de tesoureiro, diáconos, pastores. As decisões podem ser corretas, mas muitas vezes o que causa dificuldade é o que se segue.
Em uma igreja as decisões são tomadas com base em dois elementos básicos.
A. Sua estrutura mais ampla.
B. Sua estrutura interna.

3. Prever o Futuro.

Um pastor pode direcionar seu trabalho exclusivamente para manter a igreja em certo estado, neste caso ele não consegue ver além do sermão do próximo domingo, esta será uma igreja estática e com pouco futuro. Mas também pode ver a igreja com alguns anos de antecedência. Não apenas como ela é atualmente como ele gostaria que venha a ser.

4. Analisar o Presente.

É muito importante ter uns três pontos de vista:
- O do Pastor
- O da própria igreja
- O da comunidade não cristã
Quando se consegue reunir uma visão tríplice como a indicada pode-se ter um quadro mais amplo. A avaliação permite aos irmãos expressar-se e dialogar com o pastor e com eles mesmos sobre a situação da igreja.
Ela pode ser feita uma vez por ano ou a cada dois anos, através de um questionário distribuído entre todos.

5. Delegar

O pastor ou grupo de lideres não deve pretender fazer tudo, mas aprender a delegar as responsabilidades. Delegar é atribuir tarefas, responsabilidade e autoridade.

6. Planejar

A igreja deve-se estabelecer certos objetivos para o futuro, que abrange várias áreas como, por exemplo:
6.1 Em relação à evangelização
6.2 Em relação às necessidades materiais dos irmãos
6.3 No tocante aos relacionamentos.

7. Programar.

Os objetivos traçados devem ser alcançados, e para isto é preciso traçar um plano de ação, com muito cuidado, para não programar menos que o necessário ou, mais.

8. Mudanças

O pastor e a igreja que desejam cumprir uma missão mais ampla devem fazer mudanças em seu estilo de vida em seu estilo de vida e de programação.
8.1 Mudanças é necessária
8.2 A mudança produz resistência.
8.3 Para a mudança deve-se contar com o Senhor.
Deve-se orar e jejuar e buscar ao Senhor quando houver uma mudança, as mudanças devem ser feitas por intermédio do Espírito Santo e não pela carne.

9. Orçamentar e Controlar Finanças

Na obra de Deus o dinheiro pode ser uma benção mas pode ser um obstáculo, por mais que o pastor não administre as finanças ele deve desenvolver um plano básico para passar segurança a igreja toda.
Teremos um exemplo:

9.1 Mão fora da Bolsa: é viável que o pastor cuide somente da área espiritual da igreja.
9.2 A igreja deve ter uma política clara sobre o manejo das finanças: é necessário que haja um principio definido de administração, e que toda a igreja esteja ciente disso.
9.3 A estrutura: O correto seria nomear uma comissão administrativa de várias pessoas, quando a igreja tem diáconos o ideal seria que fossem eles, nomeava o tesoureiro dentre um deles. Caso a igreja seja nova, então o pastor se encarregaria deste trabalho até preparar uma pessoa.
9.4 Sistema de controle de ofertas: O dinheiro recolhido deve ser contato pelo menos por duas pessoas, anotando-se o total em duas vias assinadas por ambos, ficando uma com o tesoureiro e outra com o secretário da igreja.
9.5 Sistema para guardar as ofertas: O mais conveniente é depositar todo dinheiro numa conta bancária, e se no povoado não tiver banco, o correto é procurar um meio seguro de guardar este dinheiro.
9.6 Orçamento: É sempre melhor ter um orçamento ou cálculo elaborado, antecipado do que se vai receber e do que se vai gastar durante um ano, deve ter equilíbrio entre o que os irmão podem dar, o que recebem do escritório central da denominação, e as necessidades que devem cobrir.
1. As entradas
2. As saídas
3. O orçamento anual
4. O controle mensal
5. Analise do orçamento
É necessário que esses feitios seja bem avaliados por todos da administração, e que sejam colocadas no papel e forme parte de um regulamento estabelecido para a administração dos bens da igreja. Tudo para evitar mal entendidos.

10. Coordenação

A igreja deve trabalhar com base em objetivos e com programas variados, a coordenação procura fazer com que as idéias e atividades se realizem.

Análise do Texto de Êxodo 6.2-9 - Parte 4 - Conclusão



Parte: 4 - Conclusão


2 - ANÁLISE TEOLÓGICA


A pergunta que um leitor atendo das Escrituras faria ao ler o texto de Êxodo 6.1-9 seria: A partir de qual momento Deus passou a ser conhecido pelo nome “Senhor”?
Devemos reconhecer que ninguém conhece em absoluto o significado do nome divino de Iahweh. Devido o texto de Êxodo 6.3 mencionar: “Apareci a Abraão, a Isaque e a Jacó como Deus Todo-Poderoso; mas pelo meu nome, O SENHOR, não lhes fui conhecido”. Tem se alegado por parte de alguns críticos adeptos da Hipótese Documentária, que o nome “Senhor” era desconhecido antes de Moisés, ou seja, que Iavé não era conhecido por Israel até que Deus não se revelou a Moisés. Vejamos: “R.W.L. Moberly alegou recentemente com veemência que o nome Javé foi primeiro revelado a Moisés e que empregos anteriores em Gênesis são anacronismos”.[1] Assim, o aparecimento do nome Iavé, nas histórias sobre os patriarcas (Gn 15.2,8; 16.2; 18.14; 19.13; 24.31 etc.), deveria ser visto como inserções feitas por algum editor posterior. E ainda este versículo tem sido alistado em favor da “hipótese quenita”, que crê que Moisés aprendeu este nome divino, Iavé, com os midianitas em Midiã, onde permaneceu com seu sogro.
É de suma importância a compreensão deste texto, pois constitui como um dos principais sustentáculos da Hipótese Documentária.
Temos que ter em mente antes de fazer declarações precipitadas, que o que nós hoje entendemos por “conhecer” é diferente do que entendiam o povo de Israel no contexto do texto bíblico. Hoje entendemos “conhecer” como algo analisado pela razão, ter conhecimento de causa, ter experimentado, analisar e buscar relações de causa e efeito, ou seja não é meramente um conhecimento intelectual; o que demonstra ser distinto do conhecimento do Israel antigo, como veremos a seguir.
Esta expressão “saber que eu sou Iavé”, “conhecer o nome de Iavé”, se emprega cerca de 26 vezes em todo o Antigo Testamento, por exemplo, em Ex 6.7; 14.4. Archer, sugere a seguinte forma de se entender o texto em questão:
“Eu me apresentei perante Abraão, Isaque e Jacó como o Governador todo-poderoso da criação e Soberano sobre toas as forças da natureza [i.e., como El Shadai, Deus todo-poderoso], mas não me apresentei a eles como o Deus que guarda a aliança, de maneira miraculosa e redentora que estou prestes a demonstrar ao livrar toda a nação de Israel do cativeiro egípcio”. [2]
Assim, os israelitas não desfrutavam do relacionamento com Deus que o nome Iavé dá a entender. Conheciam a Deus pelo nome Iavé, mas, não pelo caráter de Iavé. Neste momento a essência e significado do nome Iavé passou a ser conhecido.
“Não temos na narrativa do Êxodo a revelação de um nome novo, mas a explicação de um nome já conhecido de Moisés e que, numa hora solene, se descobre que está repleto de um conteúdo de cuja riqueza ele estava longe de suspeitar”.[3]
No Antigo Testamento se verifica que o “nome” não era uma simples referência à nomenclatura, mas também aos atributos e caráter da pessoa. “Como entre os povos primitivos, o nome em todo antigo Oriente define a essência de uma coisa: nomeá-la é conhece-la e, portanto, ter poder sobre ela”.[4] Assim Ex 6.3 nos informa que Faraó conheceria o poder de Deus que libertaria seu povo.
Percebe-se uma recusa por parte dos críticos, em aplicar regras básicas de interpretação de um texto sobre a passagem em pauta; aplicam uma interpretação literal, esquecendo do contexto ou analogia de outros ensinamentos bíblicos. Se aplicassem uma forma de interpretação que levasse em consideração o objetivo ou desígnio do livro e passagem em que ocorrem as palavras ou expressões obscuras, chegariam à conclusão de que o “conhecer o nome” implica conhecimento experimental dos atributos enfatizados pelo nome.
Conforme o texto nos diz Deus se revelou a Abraão, Isaque e Jacó como “El Shadai” (Todo-Poderoso), isto não implica que Deus quisesse dar aos patriarcas um título para que se dirigissem a Ele, mas simplesmente mostrou-lhes seu caráter como Todo-Poderoso. O nome de Iavé substituía o próprio Deus, pois o mesmo testificava sua presença, tanto que os judeus não ousavam invocar o nome de Iavé em vão, e nem profaná-lo.
Os críticos querem que o texto diga que os israelitas passaram a conhecer o nome Iavé, a partir daquele momento; mas ocorre que os israelitas tornariam testemunhas do poder de Deus, conforme os atributos que este nome denota. Da mesma maneira Jeremias utilizou-se desta forma de entender: “Portanto, eis que lhes farei conhecer, desta vez lhes farei conhecer a minha força e o meu poder; e saberão que o meu nome é SENHOR” (Jr 16.21).
A palavra utilizada em Êxodo 6.3 para “conhecer” é “yāda”. Conforme o Dicionário Internacional de Teologia do Antigo Testamento menciona
“Esta raiz, que ocorre 994 vezes, é usada em todas os graus e expressa uma variedade de aspectos de conhecimento adquirido pelos sentidos. Seus sinônimos mais próximos são bîn, ‘discernir’, e nākar, ‘reconhecer’. A raiz é encontrada em acadiano, ugarítico e nos textos de Qumran”.[5]
Como vemos, a palavra “conhecer” ((([d:Þy" yāda) implica em uma “variedade de aspectos de conhecimento adquiridos pelos sentidos”, em primeiro lugar temos a informação de que a palavra conhecer possui diversos significados que muda conforme o contexto (o significado que os críticos querem dar somente se encaixa em seus próprios contextos particulares), e em segundo lugar vemos que os sinônimos da palavra conhecer são “discernir”, e “reconhecer”, isso foi justamente o que os israelitas passaram a ter a partir de Êxodo 6.3, discerniram uma nova forma do caráter de Deus, e re-conheceram esta nova forma de seu caráter com o Deus de seus pais.
E esse reconhecimento do caráter de Deus foi necessário, pois, William Brownlee, especialista no material de Qumran, baseado no uso que o Manual de Disciplina faz de 1 Samuel 2.3 e em outros indícios acredita que o significado de Iavé deva ser “aquele que faz acontecer”. “Brownlle disse que esse nome combina com o anúncio de que Javé livraria os hebreus da escravidão... O que eles precisavam era a garantia de que o Deus deles, Javé, podia fazer as coisas acontecerem...”[6] E para complementar “Tanto Jacob como von Rad criam que o significado básico de Javé é ‘presença’, ‘estarei convosco’.”[7] Um Deus que faz as coisas acontecerem e está presente, era tudo o que Israel cativo no Egito necessitava naquele momento. Isso justifica Deus ter dito que “mas pelo meu nome, O SENHOR, não lhes fui conhecido”. Israel estava prestes a conhecer algo da parte de Deus que jamais haviam experimentado antes.
Se usarmos o raciocínio dos críticos que alegam que o nome do Senhor era desconhecido antes de Moisés, pode se alegar que Deus somente conheceu a Israel e a nenhuma outra nação, vejamos o texto bíblico: “De todas as famílias da terra a vós somente conheci; portanto, todas as vossas injustiças visitarei sobre vós.” (Am 3.2).
Os críticos estão em contradição com suas próprias teorias, pois se crêem que o Pentateuco em sua forma final foi fruto do trabalho de redatores, estes redatores não compreendiam Êxodo 6.3, como os críticos compreendem. Os redatores não viram nenhum problema no fato do livro de Gênesis conter diversas ocorrências do nome Iavé, e em Êxodo 6.3 dizer que Iavé não era conhecido até então. Se tivessem visto algum problema teriam alterado o versículo.
Devemos ter sempre o cuidado de interpretar passagens individuais dentro de um contexto teológico total da Bíblia, afim de que possa se tornar claro a nós uma passagem individual. Logicamente que quando nos achegamos a um texto bíblico, nossa interpretação pode ser facilmente influenciada pelas nossas experiências e conhecimentos anteriores. Por isso, é preciso que testemos o resultado de nossa interpretação com aquilo que as Escrituras dizem como um todo.



[1] SMITH, Ralph L., Teologia do Antigo Testamento, Editora Vida Nova, pg. 114.


[2] ARCHER, Gleason L., Enciclopédia de Dificuldades Bíblicas, Ed Vida, 1998, pg.72.


[3] KIDNER, Derek, Gênesis Introdução e Comentário, Ed Vida Nova, Série Cultura Bíblica, 2001, pg. 19.


[4] VAUX, Roland de, Instituições de Israel no Antigo Testamento, 1º edição, São Paulo, Edições Vida Nova, 2004, pg. 66.


[5] Harris, R. Laird; Gleason L. Archer, Jr; e Bruce K. Waltke, Dicionário Internacional de Teologia do Antigo Testamento, Ed Vida Nova, 2001, pg. 597.


[6] SMITH, Ralph L., Teologia do Antigo Testamento, Editora Vida Nova, pg. 113.


[7] Ibid. pg. 113.

Período Patriarcal



Pode-se dizer que o Período Patriarcal, na narrativa bíblica, vai de Abraão no capítulo 11 do livro de Gênesis até o primeiro capítulo do livro de Êxodo, o qual apresenta uma lista dos filhos de Jacó, ou seja, de 2300-1900 A.C. até 1600-1300 A.C., aproximadamente.


1 - Patriarcas na Mesopotâmia
Terá, pai de Abraão, vivia em Ur dos caldeus, na Mesopotâmia. A Bíblia na fala o porquê, mas Terá saiu de Ur em direção a terra de Canaã, mas não conseguiu chegar lá. Ele e os seus chegaram a Harã, e lá permaneceram. A viagem só continuou quando Terá morreu e Abraão recebeu a Promessa Divina. A Mesopotâmia dessa época estava enfrentando uma grande confusão política, o que pode ter motivado Terá a abandonar a cidade de Ur. Harã era parecida com Ur, talvez por isso ele tenha ficado por lá. Ambas as cidades eram bem desenvolvidas e eram centros de adoração do deus lua, o qual Terá deve ter adorado, já que a bíblia o apresenta como um idólatra (Js 24:2).


2 - Patriarcas em Canaã
Abraão recebeu a promessa de que possuiria a terra de Canaã, mas, de fato, ele mesmo nunca a possuiu (seus descendentes fariam isso séculos mais tarde). Ele acabou com um pedaço de terra em Hebrom, onde sepultaria sua esposa Sara e, mais tarde, vários outros familiares (Rebeca, Lia, Isaque, Jacó e inclusive ele mesmo). Em Canaã, Abraão teve vários filhos de suas esposas e concubinas, os quais foram mandados embora para que Isaque, o filho da promessa ficasse livre da presença deles.Isaque não foi uma figura de grande destaque na tradição bíblica. Ele conseguiu aumentar a sua riqueza pessoal e chegou a agir como uma espécie de chefe de estado ao fazer aliança com os filisteus (Gn 26).
Jacó, sim, daria continuidade a jornada de Abraão com mais destaque.É importante notar que os Patriarcas daquela época não viam a vida após a morte como nós, cristãos, vemos hoje. Eles não esperavam muita coisa para si mesmos depois que morressem a não ser a continuidade da vida em seus descendentes. Para eles, quando um descendente recebesse o cumprimento da promessa, também o seus ascendentes a receberiam. É importante notar que os Patriarcas não eram os únicos a peregrinarem por Canaã por aquela época. Outros povos estavam nas mesmas condições que os descendentes de Abraão.


ALGUMAS CARACTERÍSTICAS DA ERA PATRIARCAL
1. Hábitos nômades
Abraão, Isaque e Jacó foram fundadores, não de cidades, como foram Menes, Ninrode e Assur, mas de uma raça e uma fé. Viviam em tendas e mudavam-se de um lugar para outro. Embora não fossem pessoas sem propósito nem andarilhos sem lei, foram peregrinos, que migraram por terem sido chamados por Deus, inspirados por um propósito sublime e de longo alcance.


2. O aspecto patriarcal
O pai era: a) o líder da família (veja Gênesis 22:10; 28:24); b) o chefe militar (Abraão liderou uma expedição à Mesopotâmia); c) o sacerdote da família (ele construía os altares e oferecia os sacrifícios pela família); d) o profeta da família (para ele e através dele Deus fazia conhecer Sua vontade e Seus propósitos).


3. Conceitos sobre Deus
Os patriarcas agarravam-se firmemente aos seguintes conceitos: a) a unidade de Deus — não existe traço depoliteísmo predominante; b) a personalidade de Deus — não há vestígio de panteísmo, nem de adoração à natureza, abundantes no Egito; c) a universalidade de Deus — Ele é o Deus de toda a terra (Gênesis 18:25); o Deus do faraó bem como de Abraão e Israel; ele domina sobre o Nilo e o Eufrates, assim como sobre o Jordão; d) a santidade de Deus — Ele jamais é desfigurado pelo mal das divindades pagãs. O Juiz de toda terra fará justiça (Gênesis 18:25).


4. Formas de adoração
Não havia templos nem festas determinadas; nenhum sinal definido do sábado, embora a posterior lei de Moisés remonte ao fato de Deus ter descansado da criação no sétimo dia e haja sinais da divisão semanal do tempo (Gênesis 8:10–12). Havia altares rudimentares, sacrifício de animais, monumentos consagrados, votos, peregrinações, orações, dízimos e o rito da circuncisão.


5. Grau de civilização


Apesar de serem nômades, os patriarcas não eram bárbaros. Tiveram contato com a civilização mais desenvolvida da era na Caldéia e no Egito. Eram pastores, mas também praticavam a agricultura. Tinham dinheiro e jóias; Judá tinha um anel de sinete e José, uma túnica de príncipe; e não é improvável que estivessem familiarizados com a arte da escrita que floresceu tanto no vale do Nilo como no do Eufrates.


6. A importância da aliança
A aliança abraâmica é a chave para o período patriarcal e toda a história dos hebreus. Sem dúvida a história é intensamente humana. Todos os motivos naturais desempenharam seus papéis nas migrações e na vida familiar e nacional. Mas o poder criativo estava na aliança. Era a aliança que diferenciava os judeus do resto do mundo. Ela os fazia ansiar continuamente pela terra, por uma nação e um “descendente” que abençoaria todas as nações. Originalmente feita a Abraão na Caldéia, a aliança lhe foi confirmada em Canaã cinco ou seis vezes, renovada expressamente a Isaque e repetidamente a Jacó. José baseou suas palavras finais no leito de morte nessa aliança; e séculos depois ela foi renovada a Moisés na sarça em chamas e estendida no Sinai ao âmbito nacional. Não há como medir o poder criativo de tamanha fé e esperança exercido sobre o caráter de um homem ou um povo.
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Para Bright os Patriarcas se encaixam melhor no período da Idade do Bronze Média. Os nomes dos patriarcas são de natureza norte-semita, segundo os textos de Mari, e os costumes segundo os textos de Nuzi. Abraão e Ló teriam sido cabeças de grandes clãs buscando por segurança em Canaã, ao invés de famílias isoladas vagando por terra hostil. Os textos de Nuzi apresentam evidencias indiretas à antiguidade dos patriarcas. Com o uso dos textos de Ebla para reconstruir a pré-história de Israel Bright abriu a possibilidade de datar Abraão antes do terceiro milênio.
Diante das críticas de Thompson e John Van Seters quanto ao uso dos textos de Nuzi para datar os patriarcas, Bright passou a confiar mais na evidencia interna do que na externa. Pois segundo ele, a ausência de semelhança entre a lei israelita mais recente e os costumes patriarcais no material bíblico é suficiente para estabelecer a “tenacidade da memória histórica”.
Ele entende que o Êxodo e o Sinai constituem os dois pilares da identidade de Israel, juntamente com a eleição e a aliança. Em Canaã Israel herdou o alfabeto linear e formas da religião pagã. A data para a entrada em Canaã segundo Bright é uma questão complicada, mas sugere que tenha sido na primeira metade do século XIII.
O CONCENSO É DESFEITO
Até meados da década de 70 do século XX, havia um razoável consenso na História de Israel. Entre outras coisas, o consenso dizia que a Bíblia Hebraica era guia confiável para a reconstrução da história do antigo Israel. Dos patriarcas a Esdras, tudo era histórico.
Os patriarcas eram personagens históricos, o que podia ser comprovado pelos textos mesopotâmicos de Nuzi, do século XIV a.C., em seus muitos paralelos, de estruturas sócio-econômicas a tradições legais, com Gn 12-35. E a migração dos amoritas, que ocuparam a Mesopotâmia e a Palestina no final do terceiro milênio a.C., criava as condições ideais para a entrada dos patriarcas na região da Palestina e explicava seus nomes, sua língua e sua religião.
É preciso lembrar, porém, que a historiografia alemã, desde W. de Wette, em 1806-7, passando por Julius Wellhausen, em 1894, até Martin Noth, em 1950, não participava integralmente deste consenso, negando, por exemplo, a historicidade dos patriarcas.
O uso dos textos bíblicos como fonte para a ‘História de Israel’ é questionado por muitos. A arqueologia ampliou suas perspectivas e falar de ‘arqueologia bíblica’ hoje é proibido: existe uma ‘arqueologia da Palestina’, ou uma ‘arqueologia da Síria/Palestina’ ou mesmo uma ‘arqueologia do Levante’. Essa postura tem sido aceita em muitos círculos acadêmicos.
O uso de métodos literários sofisticados para explicar os textos bíblicos, afasta-nos cada vez mais do gênero histórico, e as ‘estórias bíblicas’ são abordadas com outros olhares. A ‘tradição’ herdada dos antepassados e transmitida oralmente até à época da escrita dos textos freqüentemente não consegue provar sua existência.
A construção de uma ‘História de Israel’ feita somente a partir da arqueologia e dos testemunhos escritos extrabíblicos é uma proposta cada vez mais tentadora.
E há pesquisadores de renome na área, como Rolf Rendtorff, exegeta alemão, professor em Heidelberg, que já em 1993 afirmava em artigo na revista Biblical Interpretation 1, pp. 34-53, que os problemas da interpretação do Pentateuco estão intimamente ligados aos problemas mais amplos da reconstrução da história de Israel e da história de sua religião
Em 1967, o norte-americano Thomas L. Thompson começou sua tese de doutorado na Universidade de Tübingen, na Alemanha. O tema: as narrativas patriarcais. Sua idéia fundamental: se algumas das narrativas sobre os patriarcas hebreus estavam se referindo historicamente ao segundo milênio a.C., como quase todos os arqueólogos e historiadores acreditavam naquela época, então Thompson poderia distinguir nelas as mais antigas histórias bíblicas da tradição posterior mais ampliada.
Quando Thompson começou seu trabalho, ele estava tão convencido da historicidade das narrativas sobre os patriarcas no Gênesis, que aceitou, sem questionar, os paralelos feitos entre os costumes patriarcais e os contratos familiares encontrados na cidade de Nuzi, no norte da Mesopotâmia, e datados da época do Bronze Recente (ca. 1500-1200 a.C.).
Dois anos mais tarde, porém, em 1969, Thompson percebeu que os costumes familiares de Nuzi e as leis sobre propriedades não eram exclusivos nem de Nuzi, nem do segundo milênio, mas, mais provavelmente, refletiam práticas típicas do primeiro milênio a.C. Isto quebrava o paralelismo feito pelos autores entre Nuzi e o mundo patriarcal e tirava a garantia de que os costumes patriarcais refletiam práticas do segundo milênio.
Thompson passou, então, a defender que as narrativas patriarcais estavam refletindo muito mais o primeiro do que o segundo milênio, e a datação tradicional dos patriarcas historicidade caíram por terra.
John Van Seters, pesquisando a historicidade do patriarcas, independente de Thomas L. Thompson, chegou a conclusões semelhantes, não atribuindo qualquer valor histórico às estórias sobre Abraão.
AVALIAÇÃO DOS PRESSUPOSTOS DA “NOVA HISTÓRIA DE ISRAEL”
Ao analisar os argumentos anteriores sobre o período patriarcal já se pode perceber claramente a linha e a intenção do autor. É importante lembrar que essa abordagem teve forte influência do Iluminismo, o pensamento racionalista e deísta que entendia que Deus tem de ficar de fora do conhecimento humano.
Deus existe, mas não intervem na história humana por revelação, milagres ou providência. Basicamente os argumentos são apresentados sob o princípio de que Deus não se revela ao homem, nem intervém, muito menos sobrenaturalmente, na história humana. A criação do mundo, os milagres de Moisés e a formação do povo de Israel, entre outros episódios, são desacreditados, explicados como fenômenos naturais ou tratados como invenções do povo de Israel.Nunca aconteceram historicamente, são criação da fé dos israelitas, histórias lendárias denominadas pelo autor de mitos ou sagas.
Preferível é a visão de Samuel J. Schultz que diz que através das bênçãos e infortúnios de Israel, Deus, o criador do universo e do homem, determinou o curso a ser tomado pelo seu povo escolhido no cenário internacional das culturas antigas. Deus não é apenas o Deus de Israel, mas também o governante supremo que controla as atividades de todas as nações. Mas infelizmente este não é o pano de fundo do método histórico-crítico, adotado por alguns pesquisadores, que teve seu início no século 17 e falecimento decretado em meados dos anos 1970. Concordo com Augustus Nicodemus Lopes, que afirma em sua obra A Bíblia e seus intérpretes: “É triste observar que uma boa parte dos supostos resultados infalíveis deste método ainda influenciam estudos acadêmicos hoje, como fatos provados e não meras hipóteses – o que de fato são”.
Além disso, esta linha defende que as confissões de fé não são essenciais para o cristianismo, pois o que molda a religião é a experiência e não a revelação. O que é isso senão um ataque à autoridade das Escrituras e ao cristianismo? Inescrupulosamente tira o pressuposto da fé e adota o da incredulidade.
Por isso, creio que a história apresentada por estes pesquisadores não é autêntica, não é verdadeira. Trata-se no máximo de um conjunto de suposições e hipóteses. Porém, ao apresentá-la como verdade, acaba por se tornar uma história espúria de Israel. Nenhum de nós pode ler a Bíblia sem a influência do que cremos. O importante é termos os pressupostos certos em nossa leitura, exigidos pela própria Escritura – o reconhecimento de seu caráter divino e a crença nas suas afirmações.
BIBLIOGRAFIA
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