quarta-feira, 24 de junho de 2009



LITURGIA
Liturgia é uma palavra grega que significa - um serviço que é realizado para o benefício público, prestado ao estado ou para uma pessoa. A palavra Liturgia é formada por

“povo” [laos]

“trabalho” [ergon]


Este serviço no ambiente eclesiástico define o rito, a seqüência devidamente elaborada, bem pensada e organizada, de modo a conduzir as pessoas num processo de reflexão, oração, adoração, louvor a Deus, intercessões e memória da fé: história passada, presente, e com vistas ao futuro.

A história passada

Lembra a fé dos nossos antepassados

A história presente

Faz a gente pensar sobre o que faz nos dias de hoje

A história futura

Faz a gente pensar sobre o que estamos deixando de herança para nossos filhos e netos?

Sem história não temos identidade, nem como pessoas, nem como povo.
Sem história não sabemos de onde viemos e nem para aonde vamos.
De certa forma a liturgia faz esta interconexão com estes três tempos e com a profissão de fé.

Liturgia é um importante trabalho para o Culto, para o qual o próprio Deus nos chamou, e exige prévia preparação. Culto é o encontro da comunidade com Deus.

Liturgia é o conjunto de elementos e formas através dos quais se realiza esse encontro

Todos os encontros Celebrativos ou de Culto, são preparados, direcionados para que a comunidade reunida possa expressar-se de maneira "sintonizada" nesta relação pessoal com Deus, com o próximo e consigo mesma.

A preparação considera no mínimo três aspectos:

Calendário Litúrgico: fatos históricos que marcaram a vida do povo de Deus. Por exemplo: Êxodo, Páscoa, Crucificação e Ressurreição, Nascimento de Cristo, etc.

Situação vivenciada atual: tudo o que diz respeito a vida das pessoas, para que possam encontrar na Palavra e na Comunhão a concreticidade do chamado de Cristo que disse: Vinde a mim e recebam alívio, revigorem-se; Aprendam de mim, recebam instruções; Ide... retornem ao mundo e perseverem no testemunhem (Mateus 11.28;29; Mateus 28.19-20).

Calendário Civil: As datas, os eventos da nossa história inserem-se neste processo de pensar e elaborar. Tudo o que fazemos ou deixamos de fazer fará parte da história; da nossa família, do nosso bairro, cidade, estado ou país. Entra em questão, da mesma forma, saber quais influencias estamos sofrendo, que nos agita, que nos envolve, que interfere e ou incomoda; não obstante a tudo isso, importa saber qual a nossa responsabilidade civil, etc., neste exato momento?
Não podemos ignorar o fato de que somos cidadãos do Reino de Deus simultaneamente Cidadãos com direitos e deveres civis.

Tabela do Calendário do ano da Igreja

ÉPOCA
PERÍODO
CORES LITÚRGICAS
DETALHES


Advento
4 domingos:1º Advento2º Advento3º Advento4º Advento
Violeta
Significa tempo de preparação e espera para celebrar o nascimento de Jesus; mas também lembra a espera pela segunda vinda de Cristo. Com ele inicia o Ano da Igreja. É tempo de vigiar e orar.
SÍMBOLO: Velas, Coroa de Ciprestes


Véspera de Natal
24/dez
Branco
É tradição reunir a família (pais, avós, filhos, netos, etc), para uma noite de festa. Em geral é costume ir primeiro ao Culto da Família, em seguida ir para casa, ter um momento de meditação familiar, depois celebrar a Ceia de Natal e distribuir presentes.
SÍMBOLOS: Pinheirinho, guirlandas, luzes coloridas, velas, estrelas, presentes, etc.


Natal
25/dez
Branco
Dia tradicionalmente em que se comemora o Nascimento de Jesus. Esta data foi oficializada no ano de 570 dC. Neste dia tem Culto na Igreja.
SÍMBOLO: Manjedoura, Estrela, Presentes, Velas


Epifania
Janeiro e Fevereiro
Verde
Começa dia 6 de janeiro e segue por mais 8 domingos (as vezes). Epifania significa aparição ou surgimento da luz, que é Cristo, a Luz que veio ao mundo. Lembramos os magos do oriente que foram visitar Jesus, guiados pela estrela. O primeiro dia da Epifania é comemorado sempre no dia 6 de janeiro.
SÍMBOLO: Estrela; Magos


Quaresma
Inicia na Quarta-feira de cinzas e vai até um Domingo antes da Páscoa
Violeta
São 40 dias antes da Páscoa ou cerca de 5 ou 6 domingos até a Páscoa. É a época de se preparar para a Páscoa. Começa na quarta-feira de cinzas. Cinza é o símbolo de tudo o que é passageiro e transitório; é época de penitência e arrependimento.
SÍMBOLO: Coroa de Espinhos


Ramos
Um Domingo antes da Páscoa
Violeta
Dia em que Jesus entra em Jerusalém montado num jumento e é recebido como Rei pelo povo. As pessoas o saúdam com ramos de palmeiras. É também o último domingo da quaresma.
SÍMBOLO: Ramos (galhos) de palmeiras


Quinta-feira da PAIXÃO
Branco
Noite em que Jesus celebrou a Ceia da Páscoa
e o fez o lava-pés. Noite em que ele é preso e levado para ser julgado, ainda de noite.
SÍMBOLO: ceia


Sexta-feira da PAIXÃO
Preto
Dia em que Jesus está sendo julgado, condenado, executado na cruz e é sepultado.
SÍMBOLO: Cruz


Páscoa
Branco
Dia da Ressurreição de Jesus. É a festa central da fé cristã para lembrar a vitória de Deus sobre o poder da morte e que nós temos a vida eterna e salvação em Jesus Cristo. Passagem da morte para a vida.
SÍMBOLO: Sepultura aberta; cruz sem a imagem de Jesus pregado nela; Coelho; Ovo de Páscoa.


Domingo após a Páscoa
Um ou dois, depende.
Branco
Continuamos a lembrar a ressurreição de Jesus. Um novo tempo começou.
Ascensão
40 dias após a Páscoa
Branco
Dia em que Jesus foi elevado às alturas diante de várias pessoas crentes.
SÍMBOLO: Imagem da Cruz entre o céu e a terra.

Pentecostes
Junho
Vermelho
50 dias depois da Páscoa. Dia em que se cumpriu a promessa do Dom do Espírito Santo doado aos crentes, conforme Atos capítulo 2.
SÍMBOLO: Pomba


Trindade
Junho
Verde
Celebramos que Deus age e se manifesta de três formas: é Pai Criador, Deus é no Filho Jesus Cristo, Deus é no Espírito Santo.


Domingos após Pentecostes
De junho até novembro
Verde
A igreja deve lembrar da sua ação / missão no mundo
Ação de Graças
Geralmente no terceiro domingo de pentecostes, próximo de ou em 25 de junho.
Verde
Nas cidades este é o Dia de Ação de Graças. Nas regiões agrícolas este Dia é celebrado como Festa da Colheita.


Reforma
31 de outubro
Vermelho
Lembra o dia em que Martin Luther expôs suas 95 teses na porta do Castelo / Igreja de Wittenberg e tudo o que aconteceu a partir do movimento dos reformadores para mudar a história do mundo e da igreja.
SÍMBOLO: Rosa de Lutero, Bíblia, letras do alfabeto grego: Alfa e Ômega.


Dia de todos os santos
1 de novembro
Preto
Lembrar dos santos e dos mártires
Finados
2 de novembro
Preto
Lembrar das pessoas que eram crentes e morreram confiando em Deus


ETERNIDADE.
Último Domingo do Ano da Igreja.
Um domingo antes do 1º domingo de advento.
Preto ou Branco
É costume na igreja lembrar das pessoas que se anteciparam a nós na vida eterna. É para enfatizar a promessa da vida eterna, a esperança na vitória da vida.
SÍMBOLO: Cruz; um vela acesa e outra apagada; um ramo verde e outro ramo seco.


SÍMBOLOS ECLESIÁSTICOS / LITÚRGICOSICONOGRAFIA

Um símbolo tem função didático-pedagógica.Um símbolo deve poder dizer o que ele representa, quando a gente o vê. Ele representa e indica alguma coisa importante, sem que seja necessário escrever ou ler. Um símbolo evoca um determinado contexto, uma situação ou faz referência metafórica a fatos. Por exemplo: o sol é o símbolo da vida, da esperança, da luz que ilumina a todos, Deus; a balança é o símbolo da justiça; a água é o símbolo da pureza, purificação.

· Templo (prédio)
· Mesa da comunhão
· Pia Batismal - água
· Porta do templo
· Torre do templo
· Vitrais
· Desenhos / imagens / telas = ICONOGRAFIA
· Velas
· Instrumentos musicais
· Cantos
· Sacristia
· Cruz
· Paramentos
· Talar do Pastor
· Pão e vinho
· Janelas
· Sinos
· Bíblia
· Púlpito
· Flores
· Bancos ou cadeiras
· Decorações

Um Culto deve fazer a gente se sentir bem, ele deve fazer a gente se sentir pertencente a
· uma família maior, que é
· a comunidade de pessoas, de outras famílias
· além da minha família


Este encontro deve ser festejado com
· cantos alegres;
· com orações de petição, de agradecimento, de intercessão;
· deve lembrar que Deus está presente, portanto – devemos adorá-lo com respeito;
· deve ser um momento para reforçar a fé
· e lembrar e nos encorajar na missão da igreja no mundo.


DETALHE IMPORTANTE!


O “dono” do Culto é Deus!
· Pai
· Filho
· E Espírito Santo
Durante o roteiro do encontro muita coisa acontece. Ele “mexe” com a gente e faz alguma mudança em nossos corações. Isto precisa ser repetido´, como um exercício, para nos lembrar de que não estamos aqui para cruzar os braços ou tirar férias prolongadas. Podemos até ter um breve descanso! Mas, em seguida, precisamos seguir em frente com a nossa tarefa, com a nossa missão.

Ensaio Crítico



Texto: Liturgia Ontem e Hoje
Autor: Gregório Lutz



O Texto é de fato objetivo em trazer o conceito de símbolos e seus aspectos antropológicos, a relação do símbolo na historia das religiões e o que mais me chama a atenção e a realidade da liturgia sem linguagem falada e sim através dos símbolos no espaço do culto e do cotidiano sem que a liturgia perca suas funções e valores, pontos relevantes como a santidade da humanidade e a glorificação de Deus através do corpo como símbolo. Corpo que pensa, que se alegra e se entristece, sente prazer e sente dor.

Gregório chama a atenção para a eucaristia, em particular trazendo o significado da presença de Cristo “A ação sagrada diante de nossos olhos não se realiza por força humana”. Citação de João Crisóstomo (pp.26) entre vários autores de peso, nomes como de Paul Tillich e Guardini. A festa da comunidade momento de se alegrar e estar-à-vontade sentir-se livre e a convicção da salvação que Cristo nos traz.


Para nosso debate e Reflexão.

Em nossos dias quais são as características dos símbolos e em nossa liturgia na dinâmica do Culto Cristão?

Quais os elementos que podemos utilizar para a realização de um verdadeiro Culto Cristão? Levando em consideração nossa cultura.

Etimológica da palavra JUSTIÇA



É uma raiz semítica ocidental; em acádico aparece somente em nomes pessoais de origem semítica ocidental e como nome, somente na carta de um rei pré-israelita de Jerusalém. O árabe utiliza sedaqa para expressar, sobre tudo, a “verdade” de uma afirmação, especializando assim o significado; o mesmo ocorre no aramaico judaico e hebraico médio, em que o termo significa “beneficência”. Dentro ainda do hebraico bíblico aparece uma série de novos derivados que se referem a uma justificação, concedida juridicamente no sentido de um juiz que condena da parte de Deus.
Mas, alguns textos, exemplo (Dn. 8.14 e Am.5.7,12, 24) não utilizam o aramaico sdq/zdq para o hebraico bíblico sdq, o qual percebe diferenças do significado, e neste caso sugere empregar a raiz aramaica zkb/zky, deve sustentar o cuidado de fazer deduções dos estados lingüísticos tardios.
No AT, o verbo se utiliza habitualmente em qal, piel e hifil; aparece só uma vez, respectivamente, em nifal (Dn. 8.14, “ser reivindicado em seu direito”) e em hitpael (Gn. 44.16, “demonstrar saddiq”). Nas variações nominais, os substantivos sedeqe (masculino) e sedaqa (feminino) são ao que parecem sinônimos, por que a continuação se trata justamente (cf., sem embargo o intento de estabelecer uma distinção em A. Jepsem, sdq und sdqh im AT. “Sdq se refere a ordem adequada; sdqh, a um comportamento reto que conduz a ordem. Só na época tardia sdq assume a função de sdqh, quando este se concretiza” [no significado “de entregar esmola”]); a este se acrescenta o adjetivo saddiq.
Em aramaico antigo o substantivo sdq e o adjetivo correspondente significam “lealdade” de um rei a um grande sacerdote como servo (bd) diante do seu Deus pessoal a frente do grande rei assírio como “senhor”.
Em fenício só aparece o adjetivo e o substantivo, e se referem exclusivamente a um rei, o príncipe herdeiro. Com estes se expressa o comportamento reto e leal diante dos deuses e reis, que constituem ao mesmo tempo a base de uma larga vida; parece expor, pois, não só uma atitude, mas também um poder duradouro dos bons reis. Não são claras as expressões relativas a um filho – sdq (sem dúvida “filho legitimo, herdeiro”) e um descendente – sdq.

Resumo das três primeiras meditações de Descartes



Descartes para escrever as meditações começa a perceber que todos seus princípios são baseados em falsas opiniões; em opiniões que foram geradas e impostas a partir de consciências facilmente dubitáveis. Para isso ele se esforça para se desfazer destas opiniões para que, através de um rigoroso método analítico, possa realmente estabelecer algo de constante nas ciências.
Esse método rigoroso de analisar a realidade é chamado de ordem das razões. A ordem das razões nada mais é do que a seqüência racional que o pensamento tem como qualidade para poder concretizar algo que antes era uma opinião imposta.
Na primeira meditação podemos ler que Descartes inicia sua argumentação mostrando a possibilidade da duvida mediante qualquer situação, desde a mais duvidosa até a que nos parece mais certa e indubitável, como aquelas que nos são apresentadas pelos sentidos. Ele escreve que é demasiadamente correto afirmar que ele está sentado junto ao fogo, vestido com um chambre; e que seria loucura dizer o contrário, pois é de tamanha certeza que estou aqui que, duvidar disso seria o ato de um louco.
Entretanto, como ele continua sua argumentação, Descartes nos lembra que, quando dormimos e sonhamos, por vezes acreditamos que nossos sonhos são a realidade. Essa crença na realidade do sonho nos é imposta pela fé que temos em nossos sentidos, pois quando sonhamos, assim como quando estamos acordados podemos usar da visão, da audição, etc. e esse uso dos sentidos nos da à impressão que aquilo, sonho ou não, é real.
Com isso podemos entender que independente de qualquer sentimento que temos durante um sonho, o sonho nunca será, nem de longe, a realidade. E assim, a partir do momento que os sentidos se tornam uma ferramenta falha na percepção da realidade, e eles perdem sua credibilidade. E aquilo que seria loucura se duvidar, torna-se razoavelmente duvidoso; e algo que seja minimamente duvidoso deve ser considerado falso, pois se algo falha uma vez, nada me garante que não falhará novamente.
Ainda assim Descartes nos mostra que existem ainda certas coisas que são mais simples e universais. Essas naturezas simples são aquelas que mesmo que estejamos sonhando ou não, serão sempre as mesmas constantes realidades. Essas constantes de naturezas simples são suas quantidades, grandezas, extensões e os lugares em que estão. Descartes nos mostra a certeza destas naturezas simples quando exemplifica que a soma dos números três e dois sempre terá como resultado o numero cinco, e que um quadrado nunca terá nem mais, nem menos, do que quatro lados.
Mas como a primeira meditação é escrita para se desapegar de todas as suas crenças já estabelecidas, e que esse método de desapego através da duvida de tudo o que há é a primeira idéia racional que dará inicio à ordem das razões, Descartes se esquiva destas simples e indubitáveis certezas com uma grande sacada: Deus.
Cogitando a possível duvida até nas coisas mais simples e certas que, independente de estarmos sonhando ou acordados, sempre serão constantes e imutáveis, ele argumenta que para ele há um deus que tudo pode e que por este ele fora criado, e que esse deus pode permitir que ele se engane até com as coisas mais certas e incontestáveis como a soma de dois números. Esse deus, um pouco depois, através de um artifício psicológico, se tornará o gênio maligno. O gênio maligno é um ser todo poderoso que emprega todo seu poder para nos enganar.
Por cogitar a possível existência de um Deus enganador, Descartes conclui dizendo que a partir deste ponto tudo é passível de dúvida.

Descartes, após a primeira meditação, sente-se jogado em profundas águas, como ele mesmo nos diz em sua primeira metáfora na segunda meditação. Essas águas simbolizam as duvidas que ele consegue gerar a partir de seu método; da primeira razão na ordem das razões. Ele assim se sentindo em relação às questões criadas começa a conscientemente usar do ceticismo para suspender temporariamente seu juízo para atingir a segunda razão que seu método analítico lhe da: o cogito.
Julgando como duvidoso e falso tudo o que pode haver, como seu corpo, o céu, a terra, o fogo, o quadrado, etc. ele percebe que ele, Descartes, é. Ele percebe e nisso acredita porque por mais que o Deus enganador possa lhe ludibriar com seu poder, fazendo com que ele acredite que a soma de dois números é simples e incontestável, mesmo não sendo, ele sempre continuará sendo. Enganado ou não, ele sempre é enquanto tem a capacidade de pensar que é.
a partir daí ele conclui que ele é e que ele existe, mas, mesmo assim, nada sabe de si.
Continuando sua rigorosa reflexão, Descartes se aprofunda na exploração do que ele é. Para tal feito ele elimina de inicio a imaginação como ferramenta reflectiva, pois a imaginação, segundo ele, nada mais é do que a contemplação de uma imagem corporal, e tudo o que é corporal fora posto em duvida no primeiro pensamento da ordem das razões.
Mas a imaginação acaba sendo útil quando ele percebe que quando ele imagina, pensa ou duvida, quem está imaginando, pensando e duvidando é ninguém, a não são ser ele mesmo. E por isso é mais firmada, a partir disso, a idéia de que ele é.
Na continuação ele exemplifica, através de um pedaço de cera, a mutabilidade dos corpos e que os sentidos apenas contemplam algo que pode não mais ser o que era¹. Seus sentidos contemplavam uma cera dura, fria, com odor e sabor, e, ao aquecê-la, os próprios sentidos contemplaram a mesma cera, porém com um formato totalmente diferente da primeira. Isso demonstra a fragilidade dos sentidos e que a idéia de cera continua, independente de seu formato. Essa idéia de cera, concebida em seu espírito, que continua independente de seu formato. Essa idéia constante invulnerável as influencias dos sentidos é definida por ele como uma faculdade de concepção que vai além dos sentidos.
Logo após concluir este pensamento Descartes começa a quebrar a norma do senso comum de dizer que vê algo que existe, e começa a utilizar a seguinte expressão: penso que vejo algo que pode existir.
E, concluindo a meditação segunda ele nos apresenta a partir desta reflexão sobre o ver e o pensar que vê que, independente de realmente ver, ou não, ele pode crer que ele, Descartes, vê, ou pensa que vê. E essa é a premissa que fecha seu argumento de que ele é enquanto ser que pensa.

A terceira meditação começa com a investigação acima da existência de algum deus. Esse deus todo poderoso que pode ser enganador e que sem saber se existe, e é enganador, nada de concreto poderá ser concluído, porque qualquer que seja a certeza que encontrarmos, por mais clara e certa que seja, ainda poderá ser obra de um deus que emprega seu poder a nos enganar.
Ele argumenta sobre a origem das idéias que temos, perguntando-se como saber se as idéias que ele tem no espírito correspondem mesmo a uma coisa real fora de seu espírito. Ele nos mostra que quando pensamos que pensamos que vemos algo, ou quando pensamos que sentimos o calor que é emitido pelo fogo, cremos que esta imagem e este sentir nos são criados a partir de um ser externo ao espírito. O fogo como exemplo, está fora de nós e ainda assim sentimos seu calor. Descartes nessa altura da investigação expõe que nos parece que há algo de semelhante no objeto com a idéia, e por isso cremos que essa emissão que é captada pelos sentidos correspondem à realidade do objeto. Mas mesmo com essa semelhança aparentemente clara, há a possibilidade de que o objeto seja algo muito diferente da idéia que temos sobre ele. Ele usa o exemplo do sol para demonstrar a diferença entre um objeto e sua idéia dentro de nosso espírito. A primeira, que o sol, por intermédio dos sentidos, nos parece pequeno. Essa idéia concebemos quando apenas usamos do sentir para analisá-lo A segunda, que o sol, por intermédio da razão, posta na ciência da astronomia, nos mostra que o objeto sol é enorme.
A partir desse raciocínio ele se apercebe que por mais que nos pareça claro e simples, podemos nos enganar com os sentidos até mesmo sem que um deus enganador nos provoque o erro.
Depois disso ele começa a analisar as idéias que ele acredita serem externas e começa a perceber que é possível que todas as idéias que ele pensa serem externas nada mais são do que idéias de seu próprio espírito, e dando seguimento a isso ele nota que dentro de si há a idéia de perfeição, que, para ele, não pode ser criada a partir de um ser tão imperfeito como ele.
Ele acredita que, por essa idéia não ser criada pelo nosso próprio espírito, ela é externa e só pode vir de um ser perfeito: Deus.
Ele continua sua argumentação mostrando a impossibilidade de que a idéia de deus, que é infinito, dentro de outras características, ser criada por um ser finito, e assim ele acredita provar a existência de um deus todo poderoso que tudo criou e que insere nele esta idéia de perfeição. Portanto a idéia de deus é inata, para em Descartes.
A prova da existência de um deus todo poderoso é o terceiro degrau da escada que o método racional e rigoroso de Descartes nos eleva. Fazendo-se a terceira razão na ordem das razões.

segunda-feira, 22 de junho de 2009

Vamos falar sobre ‘sexo’



A palavra ‘sexo’ não aparece na Bíblia, porém, as Escrituras encerram inúmeras referencias a tópicos relacionados ao assunto, com certa mistura de cautela e de franqueza ao mesmo tempo.
É no A.T. que está contido o volume principal dos ensinamentos bíblicos sobre o sexo. O A.T. contém referencias às atividades sexuais normais e anormais. Porções da literatura de sabedoria também tratam do sexo – A relação de temas tão diversos quanto o amor conjugal (em Cantares de Salomão) – os perigos de promiscuidade (em Provérbios).
O sentido da palavra ‘sexo’ enfatiza as diferenças físicas entre os membros da família humana, dividida em macho e fêmea. O antigo povo de Israel era mais patriarcal em suas atitudes (favorecimento maior do papel masculino). Eram conferidos certos privilégios dos quais as mulheres não podiam participar – o papel feminino era considerado como o procriar e cuidar dos filhos e servindo de auxiliar do homem. Gradualmente, o papel da mulher, no A.T., foi se tornando mais sofisticado, até que, elas começaram a ter maior parcela nas atividades originalmente entregues aos homens. (Pv. Descreve a esposa virtuosa a que se ocupava em atividades como torcer a lã e preparar fios de linho, plantar vinhas e vender vestes de linho – Pv. 31:10-31 – Por essa altura da história de Israel, tais atividades eram consideradas desejáveis).

Os órgãos sexuais: As Escrituras tendem por evitar diretamente aludir aos órgãos sexuais, bem como às questões relativas ao sexo. Era considerado vergonhoso pelos hebreus seus homens e mulheres exporem publicamente seus órgãos genitais (Gn. 9:12-23; Lv. 18:6-19; 20:17; II Sm. 6:20).
O principal propósito salientado nas Escrituras, para o ato sexual, é a procriação (Gn. 1:28). Ct. Exalta o amor conjugal em termos claros, posto que disfarçados, com muita poesia. O ato sexual fora do casamento é condenado, juntamente com a prostituição e outros tipos de atividade sexual (Ex. 20:14,17; 22:16; Lv. 17:6-18; 19:20). O ato sexual com animais é proibido (Lv. 18:23; 20:15,16).

Proibições: A exposição dos órgãos sexuais (II Sm. 6:20); o adultério (Lv. 18:20); a tentativa de impelir uma virgem a praticar o ato sexual (Ex. 22:16); o ato sexual com animais (Lv. 18:23); o homossexualismo (Lv. 18:22 e 20:13); o incesto (Lv. 18:6-18); a prostituição (Dt. 23:17,18); o ato sexual com uma escrava prometida em noivado (Lv. 19:20).
As Escrituras deixam claro que se a poligamia foi permitida por Deus, essa nunca fora ordenada por Ele (Mt. 19:3-8).

Ensinamentos de Cristo: Condenou o adultério, fornicação e a concupiscência, tanto sob a forma de atos (Mt. 15:19,20) como sob a forma de intenções (Mt. 5:27-32). Para Ele, a sexualidade é uma condição terrena, biológica (Mt. 22:29,30).
A atitude para com o sexo, prevalecente entre os cristãos primitivos, refletia plena harmonia com os elevadíssimos padrões morais do A.T. e dos ideais espirituais ensinados por Cristo. Sobre a educação formal, na Igreja Primitiva, esse tipo de instrução era deixado aos cuidados do lar e da família, à parte de qualquer instrução específica por parte de Igreja cristã.
Os ensinamentos bíblicos concernentes às questões sexuais manifestam uma ética respeitosa e elevada.

A palavra de Deus agindo na família




Colossenses 3:18- 21

Introdução


A família é a mais antiga e resistente instituição que há no mundo. Isto se deve essencialmente há sua origem divina, pois foi Deus que a formou! No livro de Gênesis está registrado o motivo que levou o Senhor a criá-la: completar a felicidade do Homem (veja Gn 2. 18). Portanto, sua existência tem uma razão especial de ser, permitir ao homem desfrutar bênçãos, por exemplo: Ter um lugar de refúgio, um lugar de repor suas forças, desenvolver o amor (compartilhar e receber) etc. Mas para que isso aconteça de uma maneira ampla e duradoura, o homem deve permitir o amoroso controle de Deus sobre a sua família.

Proposição: A família bem sucedida é aquela que adota o padrão de Deus como regra de conduta.

I-O PADRÃO BÍBLICO PARA A FAMÍLIA.
Sendo a família uma idéia de Deus e não do homem, somente as escrituras estão autorizadas a conceituá-las adequadamente e a regulá-la, isto é, o seu perfeito funcionamento depende de diretrizes traçadas pelo seu Criador (veja Salmo 127.1).
O que vai determinar em questões de qualidade da vida familiar é se fazemos ou não da bíblia a nossa regra de fé e prática. Jesus afirmou que se a nossa casa ( conceito amplo de família) estiver sobre a rocha, ela nunca será destruída (veja Lc. 6:46- 49), ou seja, se nos adequarmos ás regras, preceitos e mandamentos de Deus, conseguiremos resistir ao tempo e ao espaço.
Em linhas gerais a Escritura determina o seguinte para a família: 1- O marido como cabeça da mulher (veja 1 Corintios 11.3 ) Como assim, o cabeça? É o líder espiritual do lar, que propicia segurança e estabilidade emocional. Deve exercer sua autoridade com amor e sensibilidade, e também educar os filhos “... na disciplina e na admoestação do Senhor (Ef. 6.4).
1- A mulher se submete ao marido como a Igreja se submete á Cristo (Ef 5.22) e junto dela educa os filhos “... sob disciplina, com tudo respeito” (1 Tm 3.4), com sabedoria para que não fiquem desanimados” ( Cl. 3.21).
2- Os filhos obedecem aos pais, pois isto é justo (Ef 6.1).

II-O PERIGO DAS INVERSÕES DE VALORES.
A família sem “alicerce” está solta, vulnerável, frágil, pois vive a mercê influências ou “ventos” de modismo dominante. Está é a razão de observarmos o desastroso número de separações conjugais, violência doméstica, de crianças desencorajadas etc.
A maior dos problemas familiares ocorre em conseqüência a desobediência a palavra de Deus, por exemplo: as discussões, ofensas, gritarias são vencidas pela o fruto do Espírito( Gl 5.22-23 ). Podemos afirmar que a falta de longanimidade, tolerância, paciência e amor combinado com a humildade ( perdão) dentro de muitos lares, é a razão de tanta destruição, uma vez que essa qualidades são indispensáveis para uma boa convivência familiar.
Os valores se invertem quando o ambiente familiar está impregnado de mundanismo, carnalidade (TV, músicas e vídeos profanos, etc) e deixa de ser uma continuação da igreja; é preciso resgatar a oração e a leitura da bíblia no lar, o culto familiar. O louvor produz uma atmosfera espiritual ideal para harmonizar as relações familiares, pois Deus habita nos louvares (Sl 22.3) e onde Deus habita a justiça, paz e a alegria no Espírito Santo reinam (Rm 14.17).

III O RESGATE FAMÍLIAR.
A falta de parâmetros bíblicos torna um lar alvo fácil do diabo, e em conseqüência disso as várias áreas do casamento e do relacionamento entre pais e filhos se quebram causando o caos familiar. Por esse motivo a restauração da família só poderá acontecer quando: 1- quando houver abandona do modismo e das formas de pensar e agir próprios do mundo, pois: “... a aparência deste mundo passa” (1 Co 7.31) e fazemos isso renovando a nossa mente pela palavra de Deus( Rm 12.2).
Por esta razão, se faz necessário estabelecer convicções espirituais fortes e firmes em temor a Deus vivendo uma vida eficaz espiritual para resistir o pecado.
3- Todos devem assumir seus papéis determinado por Deus nas Escrituras marida e mulher, pais e filhos (Colosenses 4.1-4), esse é o modelo de família nos padrões Divinos, uma verdadeira fonte de apoio afetivo e segurança para todos.
Além de tudo o que já foi dito, podemos avaliar o grau de qualidade do relacionamento familiar pela a existência ou não de três elementos básicos:
1. Prioridade claramente determinada, pessoas antes de coisas, Deus antes do “eu”
2. Solidariedade (pois uma encoraja o outro)
3. Atenção, pois cada indivíduo é capaz de perceber e manifestar cuidado especial as carências do outro.

Conclusão:
A família foi criada não somente para a felicidade do homem, mas também para a glória de Deus (Rm 11.36), e ela alcança esse maravilhoso propósito divino quando cumpre alegremente seu papel, que é a de espalhar o conhecimento de Deus, ser “o sal e a luz” do mundo. A sociedade é formada por milhares de núcleos familiares, família sadia é o mesmo que igreja, bairro e cidades sadios. A restauração do lar não está nas mãos do governo, empresários ou de alguma ONG, em especial, mas em cada um de nós.
Que Deus continue sendo a rocha firme das estruturas familiares de nossas igrejas e o que desejo em nome de Jesus Amém!!!


Antonio Luis Garcia França

sexta-feira, 19 de junho de 2009

O terceiro capítulo da tese apresentada pelo professor e doutor Luiz Carlos Ramos


O tema da tese de doutorado apresentada em 2005 por Luiz Carlos Ramos ao Programa de Pós-graduação em Ciências da Religião – Práxis e Sociedade, da Universidade Metodista de São Paulo é Pregação na idade da mídia: o desafio da sociedade do espetáculo para a prática da homilética contemporânea.
O terceiro capítulo dessa obra A espetacularização do discurso homilético, trata de assuntos concernentes a prática homilética na contemporânea. O presente capítulo apresenta de maneira bem clara e objetiva a maneira com que a homilética tem sido vista e utilizada em nossas comunidades. O autor usa para fundamentar seus argumentos, usa como exemplo o livro o espetáculo da vida, onde a vida é representada por um grande espetáculo, onde existem atores que representam os diversos personagens existentes na sociedade e inclusive alguns ditam as regras, por exemplo a mídias que impõem o que cada cidadão deve fazer , como agir e até mesmo pensar.
O autor faz um paralelo com a igreja, onde os pregadores se “vendem” e dessa maneira usam o púlpito para transmitir mensagens totalmente contraria proposta do Reino de Deus. E Dessa influenciados a homilética é usada para domesticar deixando os seus fieis totalmente alienados.
O evangelho é visto como mercadoria, dessa maneira, a religião se insere na economia de mercado, aquela fica legitimada por esta; e, o inverso também acontece, pois na medida em que o mercado se incorpora ao espírito religioso, aquele fica legitimado pela religião. Pode-se afirmar que a ideologia da religião-mercadoria é sustentada e promovida
por uma homilética articulada segundo os princípios e valores da sociedade espetacular.
Já que o evangelho se tornou uma mercadoria, o importante é vender e para isso “tudo é válido”, Podemos perceber claramente que aos valores do Reino estão invertidos, e isso afeta diretamente a caminhada de nossas comunidades de fé, os cultos são realizados em casas de show, liturgia não existe mais, reverencia é uma palavra que não mais faz parte dessa nova “forma de igreja” o que conta é a imagem pois as pessoas são valorizadas pelo que tem e não pelo que são, pois a imagem soluciona o problema das contradições e facilita a dissolução das tensões lógicas. “O discurso espetacular faz calar”, portanto, “tudo o que não lhe convém, ou seja, é proibido pensar.
Para que o objetivo da venda seja realizado “vale tudo, dessa maneira os temas das prédicas são tirados do cotidiano dos fiéis e limita-se a estereótipos de felicidade, de sucesso, de vitória e de poder, ou seja, a mensagem é oferecida de acordo coma necessidade do cliente, pois dessa maneira a “venda” será efetivamente realizada. Par isso é criado verdadeiras linhas de produção que funcionam com a base na lógica de A exegese e a memória são, portanto, desnecessárias ao telehomileta. Mais do que isso, são indesejáveis, pois coloca em risco sua credibilidade e em dúvida as suas verdades espetaculares. Os programas são concebidos para satisfazer a audiência, e são oferecidos conforme a demanda: programas de auditório, esportes e variedade, novelas, noticiários, comédias e dramas, documentários. Para evitar prejuízos, as emissoras monitoram permanentemente sua audiência, para orientar sua “linha de montagem”
O tema apresentado aborda a questão
Ao ler essa belíssima obra, acredito que foi aguçada a responsabilidade que como pastoras e pastores temos de preparar nossas prédicas com responsabilidade e conteúdo. Viemos em uma sociedade onde há influencia da mídia no seio de nossas comunidades, afetando assim diretamente a prédica, e transformando nossas igrejas em verdadeiros comércios religiosos, onde a mídia dita as regras e as pessoas pertencentes a esse meio obedecem, por estarem totalmente domesticado, mediante isso somos chamadas/os para não nos conformar com essa situação e usar nossos púlpitos para transformar as mentes e os corações.


RAMOS, Luiz Carlos. Principio , meio e fins da homilética: memória, presença e esperança in: A pregação na Idade Mídia : os desafios da sociedade do espetáculo para a prática homilética contemporânea. São Bernardo do Campo, 2005..Tese (Doutorado em Ciências da Religião – Práxis e Sociedade) – Universidade Metodista de São Paulo, São Bernardo do Campo, 2005

O enigma da origem da religião cristã.




O capítulo 8 tem como título: O enigma da origem da religião cristã. A racionalidade crítica deseja compreender a religião, que sempre foi uma parte muito importante da cultura viva. “Crítica” indica que para compreender se tenta distinguir o essencial da religião em si. A razão busca o que há de essencial e universal naquilo que considera. Quando se trata de realidades humanas, é, sobretudo a filosofia que cumpre essa função crítica. Na religião, a razão filosófica se atém à personalidade daquele que é o centro desta, Jesus Cristo. A prática cristã tem por objetivo tornar efetiva a fé que o fiel confessa. A igreja dos primeiros séculos combateu com decisão todas as interpretações que negassem a realidade da humanidade de Jesus.
Como explicar se não é fiel, os relatos da ressurreição e toda a tradição que leu na fala e viu nos gestos de Jesus a afirmação e a manifestação de sua divindade? O caminho teórico que se ofereceu aos espíritos críticos foi de início buscar a explicação nas influências dos ambientes religiosos que cercaram o cristianismo primitivo.
Alguns pensam que o que importa então não é a realidade histórica de Jesus Cristo, de sua ressurreição, das influências sobre a origem do cristianismo; o importante é a realidade humana, sobretudo psíquica, que a religião, cristã ou outra, permite exprimir.
Hoje se aceita aos evangelhos um valor histórico porque é possível encontrar neles informações notavelmente ricas e precisas sobre o país de Jesus, sobre as graves tensões políticas, sobre as correntes religiosas e sobre os costumes de sua época. Como diversos outros documentos confirmam a justeza das informações dadas pelos evangelhos, e todas as tentativas de explicação, levam a melhor compreender o gênero de documentos bem particular, único, que são os evangelhos.
Mesmo assim, apegando-se ao desafio que representa a origem do cristianismo, a racionalidade crítica prestou um grande serviço à despeito de todas as extravagâncias e apesar da insistência repetida e passional visando desmistificar a religião cristã. O reconhecimento mais realista da humanidade de Jesus permite dar melhor à ressurreição seu verdadeiro significado. E a apreciação mais justa do gênero de escritos que são os evangelhos convida a tomar consciência daquilo que é o ato de fé em resposta à “boa nova”.



VERGOTE, Antoine. Modernidade e cristianismo. Interrogações e críticas recíprocas. São Paulo: Loyola, 2002.

A religião cristã: um desafio à racionalidade.


O capítulo 7 tem como título: A religião cristã: um desafio à racionalidade. Este capítulo aborda um problema que surge diante de dois pressupostos, a verdade filosófica e a verdade cristã, e a partir daí percebe-se um grande problema porque há contradições entre si.
Husserl apresenta uma filosofia associada à ciência ao se caracterizar pela busca da verdade pela verdade. Já Santo Agostinho relata que a realidade do espírito filosófico denomina-se a “verdadeira filosofia”, a de Jesus Cristo.
Há uma relação ambígua entre ambas, pois, de um lado, a busca da verdade e felicidade e, de outro, a fé religiosa. A filosofia diante dos seus pressupostos visa emergir ideais sobre o cristianismo e sua crença.
Questiona o Cristo ressurreto. “Este” é realmente “a verdade”. Ora, por si mesma, a filosofia, por mais que busque a verdade, não tem como fim a verdade que Jesus Cristo revela. Nos termos da fé, esta vem irromper no horizonte aberto da filosofia.
O que é o Deus da religião? Para isso há então reflexões distintas de filósofos, como: Heidegger que nomeia algumas expressões religiosas como rezar, oferecer sacrifício, cantar e dançar. E, Freud que refere-se a “Deus” destacando à religião a seus ritos e suas crenças. A questão a que os maiores filósofos da modernidade tentam dar uma resposta é a de saber se a verdade de Jesus Cristo pode reduzir-se à verdade da razão filosófica.
Uma suposição difícil de compreender, afinal, Cristo é o “caminho, a verdade e a vida”… Como então ser somente filosófico e não divino? Mas a figura de Jesus Cristo e a do Cristo da religião fascinaram e intrigaram muitos filósofos. Muitos deles até se converteram. Questionam? Sim. Mas, reconhecem Jesus Cristo como uma grande figura espiritual, misteriosa por sua simples pureza.
Ainda tentando definir a religião, Gotthold Lessing aceita a revelação divina como fonte da religião. A revelação é a educação que, pouco a pouco, Deus transmitiu à humanidade para que esta chegasse à idéia do Deus único. Já Kant propõe estudar objetivamente a religião do ponto de vista exclusivo da razão, subentendendo a exclusão do ponto de vista de quem crê numa revelação divina ou na autoridade de uma tradição antiga.
Neste capítulo, o autor pretende tomar a filosofia como testemunha privilegiada da racionalidade moderna e assim, quer transmitir a nós, de que maneira a filosofia, especificada como obra pura da razão, pode compreender uma religião que se vale de Jesus Cristo, homem-Deus, mediador enviado por Deus.
A racionalidade apresenta duas linhas de interpretação: primeiro, a idéia bíblica do Deus único e pessoal, reconhece-se a Jesus com a função de ter ensinado a verdade sobre o divino. E, segundo Jesus Cristo como o mestre e a testemunha da moralidade mais espiritual.



VERGOTE, Antoine. Modernidade e cristianismo. Interrogações e críticas recíprocas. São Paulo: Loyola, 2002.

A PERGUNTA A SER FEITA É ESTÁ: QUEM É JESUS CRISTO?



O nome Jesus Cristo é composto de dois termos, sendo o primeiro referente a Jesus de Nazaré, homem que nasceu na Palestina no I séc d.c e viveu entre os anos 1 a 30, o qual foi reconhecido como o Cristo – ungido especial de Deus para a divulgação de Seu Reino em Israel e no resto do mundo –, destarte, o correto seria referi-se a Jesus como o Cristo, entretanto falar Jesus Cristo não é problemático desde que não se perca esta perspectiva. Outro ponto importante é que devemos enfatizar de igual modo Jesus como homem e Jesus como Cristo da fé, evitando assim de cair em erros teológicos como: enfatizar demais o lado humano de Jesus, esquecendo da perspectiva mística, caindo no erro citado acima; ou divinizá-lo demais, eliminando a sua existência no espaço e tempo.
Toda possível compreensão já elaborada de Jesus como Deus, demonstra um caminho bíblico-teológico já alcançado. De fato, a questão de Deus e sua humanidade são muito complexas e requer uma investigação bíblico-teológico-histórica da humanidade e divindade de Jesus. Certamente, é impossível pensar no divino só no aspecto divino, como também pesar no humano só no aspecto humano.
Com certeza o ano 1 é considerado o ano do advento de Cristo, onde inicia a divisão do tempo: antes de Cristo e depois de Cristo. Contudo, é possível em tempos futuro, haver uma mudança da data de início. Porém, friso tão pouco ou quase nada esta transitoriedade.
Jesus na história universal é conhecido como o verdadeiro, o justo, o filho do Pai todo poderoso, aquele que estava programado para morrer pelos pecados de todos. Mediante a pergunta: quem foi Jesus? Deixando ele nas condições de finitude. Por outro lado, quem é Jesus? É um homem que tomou posse da divindade, sendo chamado Jesus Cristo. Permitindo a todos, através de Deus a revelação do seu mistério. É em Jesus que se vê o plano de Deus, operar dentro de nós. Ele como onipotente nos relata na sua característica humana o oposto da mentira que é a verdade. Vemos em Jesus o Cristo, o divino, o Deus na sua imagem real que veio na terra para salvar a todos que crerem que ele é o filho de Deus, a plenitude do crente na sua crença. “Quem crê em mim, ainda que morra, viverá”. É o reconhecimento de Deus na pessoa de Jesus, quando a mensagem nos é atingida no âmago, e é processado um novo nascimento.

A pregação na Idade Mídia : os desafios da sociedade do espetáculo para a prática homilética contemporânea.


sintese do segundo capítulo da tese apresentada pelo professor e doutor Luiz Carlos Ramos

O segundo capítulo da tese apresentada pelo professor e doutor Luiz Carlos Ramos tem como elementos principais de estudo os substantivos discurso e homilética. É apresentada uma teoria geral dos princípios homiléticos que busca dar ênfase nos aspectos teóricos que fundamentam uma teologia da proclamação. As principais referencias que fundamentam essa pesquisa homilética são a bíblica, sistemático-histórica e pastoral. As principais ferramentas interdisciplinares do procedimento homilética são a exegese, a hermenêutica e a retórica. Ao longo do capítulo o autor citas informações e termos presentes na elaboração e no exercício prático de diversos filósofos como Aristóteles, Sócrates e Platão, Freud e também usa autores contemporâneos como Marilena Chauí, Roland Barthes e Luis Maldonado.
Afim de esclarecimento , o autor refaz uma volta ao passado, especialmente no período em que os gregos inventam a democracia , que tem como objetivo principal à idéia de que todos os cidadãos gregos tivessem a possibilidade e exercer em suas assembléias o direito de expressar seus pensamentos através da voz, ou seja, proporcionar a todos o direto da fala. Porém esse esforço tinha como empecilho de ser realizado efetivamente com sucesso devido o fato de que as mulheres, crianças e escravos eram excluídos do grupo das pessoas que eram tidas como cidadãos gregos.
Segundo o autor a homilética é uma ciência que tem como fundamento a bíblia, sistemática e pastoral tendo como motivação a vida cotidiana das pessoas inseridas em uma comunidade de fé. Uma vez que essas pessoas têm a Bíblia como regra de fé a exegese é um instrumento de muita importância para explicar e aproximar o texto à realidade e há espaço para dialogar com as outras ciências dentro da homilética.
Exegese e hermenêutica têm a mesma raiz etimológica que consiste em explicar, porém possuem características diferenciadas. Uma é usada para explicar o passado, onde abrange a questão histórica, cultural literal, etc, tem um caráter mais cientifico, já a hermenêutica é usada para explicar o presente . A teologia sistemática e a homilética são ferramentas utilizadas para interpretar e atualizar a mensagem bíblica de diferentes épocas, possibilitando uma nova leitura e um outro sentido aos textos bíblicos. Outro instrumento importante é a teologia pastoral que é a arte de ler a Bíblia e a partir da releitura hermenêutica do texto relaciona a os acontecimentos do passado com a realidade da vida e seus diversos obstáculos.
As divisões de uma prédica devem ser contempladas com a introdução que contém o exórdio, a narração ou explicação e a preposição;o desenvolvimento que contém os argumentos com suas divisões e subdivisões e a peroração , onde geralmente apresenta um desafio pastoral. A estrutura apresentada na tese é precisa e possibilita que se construa um discurso que desperte mais interesse nos ouvintes.
O texto apresenta de forma bastante clara a importância da homilética no ministério pastoral . Acredito que é um texto completamente aplicável em nossas comunidades, ressaltando apenas que em alguns momentos será de extrema importância a utilização e um dicionário pois por vezes o autor usa termos que não estão presentes de forma expressiva em nosso cotidiano. É um ótimo instrumento na vida pastoral, uma vez que a prédica é o principal instrumento de trabalho do (a) pastor (a), e a postura tom de voz, vestes são elementos que vão compor a imagem do pregador (a). Um outro ponto que destaco no texto é a questão de que na elaboração de um sermão é fundamental que o discurso estabeleça a ligação do passado , por isso a exegese, do presente, a hermenêutica, apresentando desafios futuros presentes no cotidiano.

A pregação na idade mídia: os desafios da sociedade do espetáculo para a prática homilética contemporânea.

O primeiro capítulo da tese apresentada pelo professor e doutor Luiz Carlos Ramos
O texto em questão propõe de maneira sintética e substancial, e com absoluta clareza os desafios da homilética através dos tempos, e com isso busca analisar tal movimento, afirmando que no tempo presente a pratica da homilía esta de certa forma entrelaçada ao movimento do passado.
Para realizar tal análise o autor busca uma conceituação histórica, dando ênfase aos marcos da homilética e sua práxis não obstante ele não tem pretensão de elaborar a história da homilética tarefa essa já realizada por outros autores.
O autor aborda na construção de sua tese aspectos fundamentais para a sua analise que vai desde o período que parte da hierarquia Judaica descritos no Antigo Testamento, passando pelo Novo Testamento, durante a patrística, período da reforma, primeiras missões até os grandes movimentos da mídia alvo de sua pesquisa. Ressalto que a preocupação do autor esta diretamente ligada há pedagogia da homilética, ou seja, a valorização da vida e o serviço a Deus, no discurso, feito pelos personagens que perpassam os contextos citados acima.
Um personagem importante citado no texto foi Jesus que no conceito da homilética religiosa Ele é o ponto chave, ou seja, o divisor de águas, onde ele insere um contexto novo na prática da Homilética, que a meu ver este ligado a pregação e pratica, ou seja, Jesus não só pregava, mas vivia, e mostrava como fazer, e ensinava fazendo, essas qualidades fizeram de Jesus um notório pregador, pois ele tinha a autoridade, de viver o que pregava, e por isso falava com autoridade. Outro aspecto interessante na prática de Jesus era as parábolas onde indiretamente Ele as ligava com as práticas de sua época, como por exemplo, a agricultura, e com isso ele se utilizava de símbolos e sinais facilitando assim o entendimento do povo, pois de certo o seu publico na maioria das vezes era os mais carentes.
De certo os alicerces deixados por Jesus motivaram os seus seguidores, o que fez dos Apóstolos pessoas maduras e direcionadas por uma prática de vida e pregação arrebatadora, pois não foi uma simples mensagem dita por Jesus que motivaram esses homens e mulheres a morrerem por uma causa, e sim o amor pelo ser humano e a sua libertação integral que os motivaram. Jesus mostrou a estes homens e mulheres que mesmo sendo eles limitados, se motivados pelo espírito do amor eles poderiam transformar a sua realidade.
No primeiro século nos deparamos com um personagem ícone João Crisóstomo que com uma mensagem, mais formal se destacou pela sua forma eloqüente de falar, apontando para algumas praticas erradas em sua comunidade.
Outro período importante que se destaca na pesquisa é o da Reforma, que tem na pratica da pregação as denuncias contra a Igreja de Roma e a necessidade de apregoar a sua doutrina. É importante destacar que na Reforma um aspecto novo é tradução da Bíblia para o idioma do povo e com isso a uma interação da comunidade junto às escrituras, pois antes desse momento os leigos não tinham acesso as escrituras e sim os Clérigos. João Wesley em seu momento buscou relacionar prática, fé, vida e doutrina em sua pregação, fazendo dele um homem motivado por aquilo que pregava.
A prática da pregação de certo, vem durante a história escrevendo a História de seus ouvintes, tal prática não tinha um objetivo único como a uma ideologia imposta (“Converter o Povo”), mas sim um objetivo amplo que era educar ensinar e instruir as pessoas a viver em sociedade, de certo a pregação causa uma mudança de mente. No que se refere ás missões mundiais ela ajudou até mesmo a escrever a Cultura de seus ouvistes, já por outro lado ela também impôs uma nova cultura o que é negativo, a pregação deve respeitar as mais profundas e históricas praticas de uma sociedade, e a sua fala deve ser ligada a prática da realidade.


RAMOS, Luiz Carlos. Principio , meio e fins da homilética: memória, presença e esperança in: A pregação na Idade Mídia : os desafios da sociedade do espetáculo para a prática homilética contemporânea. São Bernardo do Campo, 2005..Tese (Doutorado em Ciências da Religião – Práxis e Sociedade) – Universidade Metodista de São Paulo, São Bernardo do Campo, 2005

PROFECIAS CONTRA Amom (Ez 25,17)


As discórdias entre os israelitas e os amonitas, eram desde o início da monarquia em Israel, Naás o amonita vem contra os Israelitas de Jabes Gileade para destruí-los, então Saul ajunta homens para a guerra e assim vence a guerra. (1Sm 11,1-11)
Então a investida da babilônia era o momento oportuno para se vingarem, porém esta vingança não tinha justificativa, pois Saul não destruiu a cidade dos amonitas, nem matou mulheres e crianças, assim Israel no exílio tinha motivos para pedir a punição daqueles que se aproveitaram da sua fraqueza, ajudando a Babilônia a cometer horrores.
Não bastasse a colaboração dos amonitas, para com a Babilônia na destruição de Israel, os filhos de Amom invadiram as terras pertencentes a Israel e habitou ali (Jr 49,1-2). Então a jurisdição de Amon, não sofreu danos com a invasão babilônica, talvez pelo fato de terem colaborado na invasão, o profeta Jeremias permite nos entender que mesmo, aos arredores de Amom só existia miséria e destruição, os amonitas tinham, uma boa economia e bons tesouros (Jr 49,4). No entanto a mensagem é (Eis que eu trarei terror sobre ti ,e cada um de vós será lançado em frente de si, e não haverá quem, recolha os fugitivos”. (Jr 49,5).

PROFECIA DE EZEQUIEL CONTRA BABILÔNIA




O castigo determinado por Deus para babilônia não era outro a não ser o domínio Persa.
A ruína de babilônia foi para os israelitas o renascer da vida, as profecias estavam se cumprindo, então as casas seriam reconstruídas em Jerusalém, como o templo e a vida em Israel voltaria ao normal.
A opressão babilônica sobre Israel não era somente de caráter político, mas também religioso.
A política desenvolvida pelos opressores era também uma provocação contra Deus, oprimia o estrangeiro e os forçava a trabalhos sem que houvesse retribuições justas, destruíam as nações matando mulheres e crianças, ou seja, abusavam do poderio militar que possuíam.
A opressão religiosa partia do sistema político, pois o estado era formado pelas leis religiosas, onde o deus marduc era a referência de governo. No entanto a pluralidade de deuses era o orgulho do povo.
Estes deuses exigiam adoração impondo a força e até executando pessoas com a morte.

O QUE É O ESPÍRITO SANTO ?




O Espírito Santo é Deus que, em seu amor, age no mundo. Tal potencial não se limita às barreiras confessionais e/ou religiosas. No caso da teologia cristã, é concebido que o Espírito age na criação e na preservação da vida (Gênesis 1.2, Jó 33.4), na inspiração da palavra profética e na manutenção das promessas consoladoras (AT). O Espírito, como comunicador de Deus ao ser humano, se plenifica em Jesus e revela-se como poder de regeneração eclesial (NT). A ressurreição de Jesus desencadeia o cumprimento das promessas proféticas relativas ao dom do Espírito à humanidade.

terça-feira, 9 de junho de 2009

Relatório referente à palestra de Anivaldo Padilha no dia 01/10/2008


Síntese: Testemunho sobre Movimento Ecumênico com preventude nos anos 60 a 70.
Década de 60


Conjuntura:

O Brasil estava crescendo em meio á construção de Brasília, esta época a grande população vivia no campo, pois nos dias de hoje, cerca de 80% dos brasileiros vivem na cidade. Isso sem falar na copa do mundo, bossa nova, cinema novo etc.
A herança dessa geração foi resumida em resistência, as igrejas se uniram aos movimentos sociais na luta pelos Direitos Humanos. As igrejas evangélicas por ser uma minoria não estavam tão envolvidas aos movimentos sociais diretamente falando.
A pratica social:
Nesse cenário, pois faziam as coisas pelos pobres lutando por eles com alimento, roupas e remédios e no início dos anos 60, começou o despertamento esporitral, levou ao fortalecimento de movimentos em massa.
Processo de Rearticulação:
No ano de 1965 um grupo consegue se rearticular e criar o centro evangélico de informação. Muitos passaram não só se envolverem nas organizações, mas na ação missionária.


Década de 70.

Ação diante da Ditadura:

A ditadura militar assolava a América Latina, obrigaram as entidades ecumênicas e os movimentos populares a assumir uma postura de unidade e resistência.
Foi neste contesto, por um lado á ditadura militar, por outro o movimento ecumênico organizado por sua maioria jovem. Isso gerou uma repressão por parte das igrejas e os conservadores que não tinha á capacidade de entender que homem e mulher poderiam ocupar o mesmo espaço.
Comentário Pessoal.As pessoas dessas duas décadas são verdadeiros heróis principalmente os do tempo da ditadura militar, um tempo difícil onde a igreja foi obrigada pelo governo a se calar. Hoje a situação é outra, por mais difícil que seja falar de ecumenismo, ainda o espaço e a liberdade dada é muito grade e a comunicação ajuda para a expansão de esse movimento.


Antonio Luis Garcia França

Tradução Texto em Espanhol.


IV – Schleiermacher y La Teologia latinoamericana.

Tradução:

Schleiermacher e a Teologia Latino-Americana.

Em um trabalho anterior busquei demonstrar que, mesmo que se possa defender uma continuidade genética ou direta entre Schleiermacher e a teologia latino-americana, supõe-se possível uma afinidade temática de estilo entre o teólogo de Berlin e a teologia da libertação mais tardia, sobretudo na passagem, cada vez mais nítida, de um método baseado na filosofia da práxis frente a uma crescente ênfase sobre a experiência religiosa. Assim como para Schleiermacher a religião não é moralidade, e assim como a moralidade não é uma mediação que conduz a religião (como em Kant), também a teologia latino-americana se persuadiu, cada vez mais, quiçá com certo atraso, com a práxis pensada como mera “eficácia”, pensada em sua autonomia “secular” diante de sua “origem” religiosa, é um mau começo. A religião não pode ser pensada como origem de outra coisa que depois se move independente; Não é a mera “motivação” de atuar de atuar no mundo, sina fundamental abaixo das condições próprias de “companhia” e de “acompanhamento”: “Toda a atuação autentica deve e pode ser moral; sem embargo, os sentimentos devem acompanhar, como uma música sacra, todo o agir do homem, o homem deve fazer tudo com religião, e nada a partir da religião”. O predomínio das analises sociológicas, cientificas e instrumentais e, por conseqüência, o mesmo método da teologia da libertação, bloquearam uma possível construção de Schleiermacher como um pensador da religião. À isso aliou-se, em círculos protestantes, o desprezo neo-ortodoxo pela categoria do religioso, ; e em círculos católico-romanos, a necessidade de abraçar o secular de todas as maneiras possíveis face ao Concilio Vaticano II. A idéia “Schleiermacheriana” de que “a religião em que o universo está intuído, é posto como algo que atua originalmente sobre o homem” não harmoniza bem com o horror da “dependência” do continente diagnosticado pelos teóricos das ciências sociais, entre eles o presidente do Brasil, Fernando Henrique Cardoso. Como poderia o teólogo da “dependência radical” ter alguma mensagem para um continente ansioso de liberdade? O mais fácil a se fazer seria condenar os retóricos antigos: metabasis eis allon genos, tratando de condenar o sentimento da dependência de Schleiermacher, que de maneira alguma anula o compromisso ético, com um conceito entediado de religião, na melhor das hipóteses, a aprtir do registro hegeliano-marxista da história da liberdade – entendida como um registro bastante distinto de uma filosofia ou teologia da história.
Não se trata de desculpar inteiramente Schleiermacher; mas ser, sobretudo na juventude e companhia de toda uma geração, um herdeiro de Spinoza quem, segundo Hegel, não pode pensar o Absoluto como “sujeito” somente como “substancia”. Para Hegel, como para nós todos da América latina, a questão do dia era – e, todavia é: Pode a religião ser pensada como uma atividade livre do gênero humano? Esta sim é a questão que se preocupa Hegel, autor do “O espírito do cristianismo e seu destino”. Para Schleiermacher a idéia de religião não pode apriori ser circunscrita abaixo da categoria de atividade e da liberdade. O que assinala a peculiaridade da religião é o fato que ela difere da atividade artística, moral e cognitiva. A religião é determinada primordialmente por quanto a receptividade inclui a passividade. A religião está sempre cheia de humanidade e este é o contraponto ao phatos da atividade: “Em contraste com esse idealismo otimista e autoconsciente de seu tempo, da qual também se participa e ao qual se afirma (...),Schleiermacher defende algo bem distinto. Ou seja, uma tranqüila humanidade e submissão com relação a tudo, que abraça e suporta as coisas do mundo, assim como abarca todos nós...”
Sem embargo, em minha opinião, parece ser um ponto favorável a Schleiermacher o fato que a religião que encontra o “sentimento e gosto pelo infinito” não é algo que possa isolar concretamente da vida ativa e livre, exceto para fins de analise, A idéia moderna de que havia uma esfera privada do religioso, progressivamente diferenciado do resto da vida, não é uma idéia do filósofo e teólogo de Berlim, mas sim é um diagnóstico da sociologia moderna. E a questão que se coloca aos teólogos latino-americanos desde algum tempo é: Este diagnóstico é válido no geral, sobretudo na América latina, onde a religião se revela de novo no cenário público, se é que alguma vez havia se perdido? Me parece que a pergunta cobra mais interesse do que a realidade merece. Sem embargo, qualquer que seja a resposta, o entendimento expõe que a religião persiste ou desaparece no nível público, antes das formas tradicionais de originais de religião Schleiermacher segue colocando um desafio a todos nós.

Aprendendo com Deus



Deus veio a nós como uma criança. Precisou de alguém que lha ensinasse a caminhar, a falar e a orar, a fazer escolhas certas, trabalhar... Precisou de Maria, de José, de pessoas, de tudo e de todos para crescer. Jesus como Deus encarnado escolheu o caminho da humildade: “sendo rico, tornou-se pobre, para nos enriquecer com a sua pobreza. Não encontrou outro caminho para nos ensinar o amor, a não ser o da franqueza para que possamos cuidar uns dos outros.
Jesus tornou-se o Deus – menino que cresce na sabedoria e graça; um Deus que percorre os nossos caminhos, que se compadece, se emociona e até chora. Um Deus humano que carrega a cruz, que cai e se levanta, que sofre e morre. Um Deus que escolheu precisar do nosso amor e confiar em cada um de nós.

Antonio Luis Garcia França

sexta-feira, 5 de junho de 2009

A violência segundo o Antigo Testamento

hamas significa violência pecaminosa; trata-se de uma violência aplicada com extrema impiedade. Em Gn 6.11 e 13, hamas é uma das causas do dilúvio, porémhamas não só se refere às catástrofes naturais.Termos paralelos ou sinônimos:`awen maldade, injustiça, mentira, engano.ge`eh soberbo, altivo, orgulhoso.dam sangue violentamente derramado, crime.xod violência, opressão, destruição, devastação.O verbo xadad significa destruir, assolar, agir com violência.Os contextos da violência(1) A sociedade.Amós acusa a próspera sociedade de Samaria que armazena violência e rapina em suas belas casas, isto é, guardam tesouros e provisões adquiridas ilegalmente por meio da exploração opressiva do pobre.Não sabem agir com retidão – oráculo de Javé –Aqueles que amontoam opressão e rapina em seus palácios (Am 3.10).Amós também acusa de violência os homens notáveis que estão vivendo de modo confortável em suas fortalezas, isto é, a elite militar e membros das famílias que são proprietárias de terra.Ai daqueles que estão tranqüilos em Sião,E daqueles que se sentem seguros na montanha de Samaria,os nobres da primeira das nações...(...)Quereis afastar o dia da desgraça ,mas apressais o domínio da violência (Am 6.1-3).Miquéias e Isaías indicam que a violência envolve primariamente o rico e o poderoso.Porque os ricos da cidade estão cheios de violência,E os seus habitantes falam mentiras,E a língua deles é enganosa na sua boca (Mq 6.12) Sofonias diz que a violência infecta os integrantes da elite governante e demais escalões do governo.Castigarei naquele dia todos aqueles que sobem o pedestal dos ídolos,que enchem de violência e enganoa casa dos seus senhores (Sf 1.9).(2) A violência através da lei.O instrumento favorito de violência é falsa acusação e julgamento injusto. Assim, nos salmos de lamentação, a violência aparece como motivo de muitas aflições dos crentes sinceros que foram perseguidos. Aí, o salmista oprimido clama pela justiça de Javé. A violência que vem dos malvados é que conduz o pedido do queixoso.No Salmo 7.16, hamas é a falsa acusação que atinge em cheio a vida do inocente.Sua maldade se volta contra ele,Sobre o crânio lhe cai a própria violência (Sl 7.16).Assim, o ódio violento é o instrumento que atinge, especialmente, o inocente.Vê meus inimigos que se multiplicam,E o ódio violento com que me odeiam (Sl 25.19).Diante disso, o salmista pede: Guarda a minha vida! Liberta-me!O Salmo 55 mostra que a violência está também na calúnia dos malvados.Encontraria um refúgio contra o vento da calúniae o furacão que devora...e a torrente de sua língua.Sim, eu vejo a violênciae a discórdia na cidade...... por cima de suas muralhas.Dentro delas há maldade e tormento;Dentro dela há ruínaopressão e fraude. Nunca se afastam de sua praça (Sl 55.9-10).O Salmo 58.2 mostra que julgar injustamente é violência.É de coração que praticais a injustiça,Pesando sobre a terra a violência de vossas mãos (Sl 58.2).O queixoso grita, porque ele busca justiça. Ele apela para Deus como o defensor da justiça.Grito violência! E ninguém me responde;Peço socorro! E ninguém me defende (Jó 19.7).Assim, o grito de “violência!” torna-se o ato que dá início à acusação. Quando se ouve “violência!” é que a maldade e a opressão estão imperando na terra.Como um poço faz brotar as suas águas,assim ela faz brotar a sua maldade.Violência e devastação é o que se ouve nela... (Jr 6.7).Quando a “violência!” não é mais ouvida, é que o tempo de paz e justiça já chegou.Na tua terra não se tornará a falar em violência,Nem em devastação e destruição nas tuas fronteiras.Aos teus muros chamarás “salvação”e às tuas portas “louvor” (Is 60.18).A frase ´ed hamas testemunha violenta aponta claramente para a esfera legal.Não espalharás notícias falsas,Nem darás mão ao ímpio para seres testemunha violenta (Ex 23.1).Quando se levantar testemunha violenta contra alguém,para o acusar de algum transvio...(Dt 19.16). É preciso lembrar que ´ed, muitas vezes, não possui o sentido técnico de “testemunha” em nosso vocabulário jurídico, mas, conforme Dt 19.16, ´ed hamas significa “queixoso”, quem com sua falsa acusação faz uma tentativa sobre a vida do justo. Assim, o ´ed hamas, em Ex 23.1, provavelmente, deve ser tomado também nesse sentido. Aqui, também, estamos tratando não tanto com falso testemunho como acusação injusta que tenciona a destruição do justo acusado. (3) A violência que mata.Tanto no contexto legal como social, a brutalidade pode destruir a vida de um inimigo. Esse sentido acontece nos textos onde hamas é usado em combinação com dam ou damim.Faze cadeia, porque a terra está cheia de crimes de sangue,e a cidade cheia de violência (Ez 7.23).Assim, hamas toma o sentido de “matança” ou “banho de sangue”.(4) A violência e o pecado humano.O termo hebraico hamas é também usado em um sentido estritamente teológico.A terra estava corrompida à vista de Deus,e cheia de violência (Gn 6.11).Então disse Deus a Noé:Resolvi dar cabo de toda carne,porque a terra está cheia de violência dos homens:Eis que os farei perecer juntamente com a terra (Gn 6.13).
Conclusão. A violência é contra Deus.

Homens de pouca Fé



Surpresas vêm para todos. De uma hora para a outra o inesperado bate a nossa porta e muda tudo, às vezes para o bem, outras não. Quem sabe aquele temor que, de repente, se confirma: uma doença, acidente de trânsito, infidelidade conjugal, morte. Nesse momento muitos lembram de quem tudo pode, Deus, e na igreja encontram conforto e esperança. “Vinde a Mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e Eu vos aliviarei”. (Mateus 11: 28).Pessoas com deficiência também têm surpresas. E da mesma forma podem precisar de um encontro com Deus, ou mesmo frequentar uma igreja regularmente. A limitação física, intelectual ou sensorial não lhes assegura paz de espírito, nem as torna angelicais. Possuem limites e virtudes como quaisquer outras, cada uma a sua maneira. Por isso, precisam de ambientes que não impeçam nem constranjam. Igrejas onde não serão a atração do dia por usarem muletas ou cadeira de rodas, comunicarem em gestos, verem com as mãos ou terem um entendimento menos ágil. E tendo que suportar, ainda, olhares distantes de piedade e incompreensão. “Quem faz a boca do homem? ou quem faz o mudo, ou o surdo, ou o que vê, ou o cego? Não sou eu, o Senhor?” (Êxodo 4: 11).Para que todos possam estar nas igrejas é preciso que ofereçam espaços, equipamentos e, principalmente, atitudes acessíveis. Medidas que promovem a inserção de quem possui deficiência, mas também de idosos, obesos, estrangeiros, gestantes, com dificuldades de aprendizagem, e tantos outros. “Portanto ide, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo”. (Mateus 28:19).Sim, a preocupação social com minorias excluídas tem adquirido força recentemente, e com ainda poucos resultados concretos. Inúmeras barreiras continuam dificultando o ir e vir de boa parte dos cidadãos. Só que igrejas contam com a Orientação Celestial, um detalhe que, creio, lhes proporciona imensurável vantagem. “Eu sou o que primeiro direi a Sião: Ei-los, ei-los; e a Jerusalém darei um mensageiro que traz boas-novas”. (Isaías 41: 27).Somos todos limitados, e igrejas são constituídas por homens e mulheres comuns. Mas ignorar o acesso a um irmão não deve ser princípio de qualquer denominação religiosa. Eu acredito em Deus, e as igrejas, locais onde podemos melhor encontrá-Lo, e compreender os porquês da vida, devem estar atentas a essa questão. Não por caridade, misericórdia ou compaixão, mas por direito, respeito e amor em Deus. “Amarás ao Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma, de todas as tuas forças e de todo o teu entendimento, e ao teu próximo como a ti mesmo”. (Lucas 10: 27).

A BÊNÇÃO DA DECEPÇÃO


De forma bem adequada, Aurélio define decepção como “malogro de uma esperança; desilusão; desengano; desapontamento”. Deve causar estranheza, pois, falar-se na “bênção da decepção”.Num primeiro olhar, talvez haja incoerência. Mas, sob uma perspectiva um pouco mais profunda, devemos ver, no aspecto espiritual, que o conceito de decepção é relativo e NUNCA há prejuízos reais quando os nossos planos estão (ou passarão a estar) em conformidade com os objetivos do Céu.Temos dificuldades para escolher o melhor alvo. E, muitas vezes, embora saibamos o alvo correto, não conseguimos alcançá-lo. Nossa visão é turva. Há caminho que nos parece direito, mas não o é (Prov. 14:12). E nossa natureza é pecaminosa.Deus não nos conduz de forma diversa da que nós mesmos escolheríamos se pudéssemos ver o fim desde o princípio (EGW, CBV, p. 479). Então, se estamos errados, ainda que bem-intencionados, temos um Deus Grande, Bom e Sábio que, contrariando (e superando) nossas expectativas, permite nossa decepção.E se estivermos “fazendo tudo certo” e o Bom Pai quiser nos aperfeiçoar, usando, para isso, a decepção, isso será ruim? “As provações da vida são obreiras de Deus, para remover de nosso caráter impurezas e arestas...” (EGW, MDC, P. 10).Os discípulos de Jesus tiveram suas esperanças frustradas (Lucas 24:17-21), mas daí veio o núcleo aprimorado da nascente Igreja Cristã.Saulo foi interceptado no caminho de Damasco, e é comovente imaginar o choque por que passou nos dias em que ficou cego (reviravolta de conceitos, reorganização de idéias, noção de que todo seu zelo fora mal-direcionado...). Mas que poderoso instrumento nasceu para a Obra de Deus!Em 22 de outubro de 1844, mais um desapontamento. “O grande”. E o que veio daí? A Igreja Remanescente. O Povo da Profecia.Em nenhum desses (ou de outros muitos) casos podemos dizer que Deus falhou, ou que foi insensível ou injusto. Ao contrário, ficamos maravilhados com Sua sapiência inigualável e métodos incomuns.Se da decepção vem força, crescimento, mudança para melhor e maior comunhão com Deus, então há lucro. Há bênção nessa desilusão, nesse desengano.Deus abençoe ricamente a sua vida, hoje e sempre.

Batismo, Eucaristia, Ministério



O batismo cristão tem seu fundamento no ministério de Jesus de Nazaré, na sua morte e ressurreição, é incorporação em Cristo e entrada na nova aliança, que tem a sua significação através de imagens variadas no Antigo e Novo Testamento, em relação ao uso da água. Quando se participa do batismo, implica também na confissão dos pecados, conversão do coração, ato de justificação, recebendo uma nova postura ética conduzidos (as) pelo espírito, como parte da experiência batismal, o qual opera antes e depois do batismo, marcando com selo como garantia de herança. Ele alimenta a fé e a vida no coração, conduz a união com Cristo, com cada cristão (ã), com a igreja de todos os tempos e lugares, ultrapassando as divisões. O batismo é abertura para a realidade nova neste mundo, sinaliza o reino, e é também nossa resposta ao dom de Deus, numa experiência não momentânea, mas uma vida toda de crescimento na comunhão de Cristo, de testemunho, onde o contexto para que o mesmo se desenvolva é a igreja e o mundo, buscando a realização da vontade de Deus em todos os setores da vida. O batismo é celebrado com água em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo, e por estar ligado a vida comunitária e ao culto, deve ser celebrado durante um serviço litúrgico público.E por falar em nova vida, a eucaristia é a nova aliança, ou seja, refeição da nova aliança, memorial que Deus deu para o seu povo, refeição litúrgica celebrada por Jesus, que utilizou gestos simbólicos e palavras, sacramento que através de sinais visíveis nos comunica o amor de Deus em Jesus Cristo. Ë a grande ação de graças por tudo que Deus cumpriu na criação, na redenção, e na santificação, por tudo que Ele cumpre agora na igreja e no mundo, apesar do pecado do ser humano, que reconhece que a eucaristia mostra que Deus entrou na condição humana, aproximando das relações concretas do ser humano, é comunhão dos fiéis uns (as) com os (as) outros (as) e com Deus, abrindo a visão do reino com a renovação final da criação e de todas as coisas, e reconciliados (as) na eucaristia, são chamados a missão no mundo, a reconciliação de homens e mulheres, e Cristo congrega, ensina e alimenta a Igreja , a fé cristã aprofunda na celebração da eucaristia.

O Mal na Criação




No meio metodista, pelo menos no contexto em que fui criado, sempre foi ensinado que o homem é responsável por seus atos, e que Deus permite isto por dar liberdade a ele, e que essa liberdade é fruto do seu amor pela humanidade. Sendo assim não fica difícil assimilar que o grande responsável pelo mal que aflige a humanidade vem do próprio homem e não de uma força exterior sobrenatural.Quando o texto fala de pecado, ai sim, é preciso que tanto em minha vida pessoal como na vida da igreja, sejamos mais flexíveis e deixemos o julgamento do que é pecado ou não para Deus. Pois para nós, que graças a Deus temos o “pão nosso de cada dia”, é fácil apontar como pecado o furto de um supermercado, por exemplo, mas e para aquele que a três dias não come? A situação foi grande motivadora do “pecado”. Deixemos que nosso Deus, que mandou seu filho para nos justificar, julgue a humanidade.

CRER É A SAIDA




Muitas pessoas, por precisarem de libertação ou por estar desesperado devido algum problema, são capazes de fazer qualquer coisa para conseguir o fim do sofrimento. Até mesmo se sacrificam e paga alta somas a charlatões religiosos que iludem, e as fazerem obedecer cegamente às suas ordem.Abra suas bíblias em II Pedro (1.3-4)O texto citado diz que o divino poder do altíssimo, já nos deu tudo o que concerne à vida. Na palavra de Deus, você pode crer sempre, pois ela é a saída para nossas aflições.CONHEÇA TRÊS COISAS QUE VOCE NÃO PODE FAZERPRIMEIRO: Deus não quer que façamos sacrifícios.É comum, em quase todas as religiões, a prática de sacrifícios, algum chegam a incentivar a autoflagelação como meio de alcançar bênçãos. Outros ensinam que a pessoa interessada em receber algo tem que fazer por onde para que o “ser supremo” possa dar aquilo que ela necessita, isso era comum no antigo testamento. Quando a lei imperava, era comum pessoas darem algo em troca do favor divino. Mas no novo testamento onde a graça de Deus reina, esta pratica não é mencionada. (Mateus 12.7) “mas, se vós soubésseis o que significa misericórdias e não holocausto não teria condenados inocentes”.Quem condena os inocentes e os ingênuos a se sacrificarem para receber o que pertence não obedece ao que o senhor Jesus ensinou.SEGUNDO: Não devemos usar vãs repetições (Mateus 6.7-8)“E orando, não useis de vãs repetições, como os gentios; porque no muito falar serão ouvidos, por que Deus, o vosso pai sabe o que tendes necessidade, antes que lhe peças”,A idéia e que tem que pedir repetir muitas vezes as nossas orações, Jesus nos ensinou diferente: ENTRA NO TEU QUARTO, E FECHA A PORTA, ORE QUE TEU PAI QUE ESTÁ EM SECRETO LHE RESPONDERÁ.TERCEIRO: Jejuar para alcançar a bençãoOutro erro cometido por muita gente é jejuar em favor de alguma graça. Muitos pesam que para o poder de Deus operar, tem de haver jejum e oração incessantes. O jejum é uma pratica saudável, tem os seus propósitos, mas nunca será para convencer o senhor de nos curar, por exemplo. Não encontramos uma só vez na escrituras em que Jesus orientou alguém a voltar para casa e jejuar bastante para que ele pudesse atende-los. Mateus 17.21 Jesus fala que os demônios daquela criatura só poderiam sair dela por meio de jejum e de oração, por que os discípulos não conseguiram expulsar.Enquanto estamos em festa com o senhor participando da sua presença, e a fé está presente, não precisamos jejuar, mas, se nos sentirmos sozinhos fracos, e a carne estiver ganhando domínio, ai sim, teremos de jejuar.Importante que temos que crer é a melhor saída para nossos dias nada de sacrifícios, não fique repetindo vãs palavras, nada de jejuar só para receber a benção. BUSQUE SEMPRE A PRESENÇA DE DEUS EM SUA VIDA AMÉM

Salmo 23: Texto Hebraico Transliterado:



" Iahvéh ro’i lô echsar. Binôt deshé iarbitseni ‘al-mei menuchôt inahaleni. Nafshi ishovêv iancheni bma’ glei-tsedék lema’an shemô. Gam ki-eléch beguei tsalemavet. Lô-iirá roa’ ki ata ‘imadii shvtechá umishi’antechá hemá inachamuni. Ta’arôch lefani shulchan neguéd tsorerai dishantá vashemén roshi kossi revaiáh. Ách tôv vachéssed irdefuni kôl-imei chaiai veshavti beveit-Iahvéh leoréch iamim "

Expressão Traduzida Resultante do Original Hebraico :

“ Adonai é meu pastor, nada me faltará. Em verdes pastagens me fará descansar. Para a tranqüilidade das águas me conduzirá. Fará meu espírito retornar, e me guiará por caminhos justos, por causa do seu nome. Ainda que eu caminhe pelo vale da morte, não temerei nenhum mal, pois tu estarás comigo. Teu bastão e teu cajado me confortarão. Diante de mim prepararás uma mesa, na presença dos meus provocadores. Tu ungirás minha cabeça com óleo; minha taça transbordará. Certamente, bondade e benevolência me seguirão, todos os dias da minha vida. E voltarei na casa de Adonai por longos anos.”

Tradutor: Antonio França

quinta-feira, 4 de junho de 2009

Historia da Matéria



Esse texto é muito confrontante, pois a teoria do bigue-bangue é algo sempre rechaçado na vida da igreja e também em minha vida pessoal, devido ao pensamento tradicional sobre a criação. Como já descrevi acima, precisamos ser mais abertos para as descobertas da ciência, pelo menos escutando o que ela tem a dizer. Não tive muita dificuldade em assimilar o texto, lendo com olhos muito críticos. Não importa muito como o homem chegou até aqui, o importante é que está aqui. E o que a ciência ainda chama de mistério em relação à origem do universo, já que o bigue-bangue é um início, eu chamo de Deus, que é criador, sustentador da criação.No que diz respeito à vida da igreja, não acho que ela está preparada para tal leitura, a menos que se comece uma boa preparação, com muita sabedoria e responsabilidade, pois dizer no púlpito que o homem foi evoluído e não criado, não seria nada bom para o futuro de um ministério pastoral.Pessoalmente gostei muito do texto, completando a leitura do livro “Paraíso Terrestre”.

Salvação Universal ou o amor de Deus para com seu mundo


É de costume isolar a fé da ciência, ainda mais em um tempo que as descobertas científicas contestam muitos relatos Bíblicos. Ou aceitamos a ciência e nos tornamos ateus ou pelo menos quase ateu, ou ignoramos de vez a ciências fechando nossos olhos para as descobertas e vivemos uma fé cega e alienada.É justamente isto que precisa ser mudado na vida da igreja. É preciso ter equilíbrio e querer compreender Deus e sua Palavra. Quando se fala em criação é praticamente impossível ignorar as descobertas científicas. Há dois anos atrás eu trocaria “vida da igreja” por “minha vida”, no entanto hoje, posso ter uma fé cristalizada e consciente em um Deus absoluto, criador, conservador e renovador de todo a sua criação, devido aos estudos da teologia.Outro ponto muito importante dessa leitura, foi poder compreender melhor o conceito de “imagem de Deus”, que coloca torna o ser humano ainda mais humano, colocando-o na condição de representantes de Deus para cuidar de toda sua criação. Com isto, desmistifica este conceito, tornando-o mais acessível ao homem, pois como uma pessoa que mata milhões de pessoas poderia ser considerada imagem de Deus?

Deus na criação



Tanto na vida da igreja como na pessoal, temos a tendência de separar Deus do mundo, vivendo com uma visão absolutista, em que Deus é soberano “lá em cima”, e o homem “aqui em baixo”, por ser imagem e semelhança de Deus. Está prática muitas vezes é pautada por uma interpretação errônea, feita pelo homem, da narrativa da criação, por não entender o sentido da palavra “dominai”, associando-a a opressão.Esse texto nos leva a mudarmos nossa concepção de um Deus absolutista para a de um Deus trinitário, em que Deus , o homem e a criação vivem em comunhão.Um outro ponto que precisamos entender, é que Deus está em sua criação, que Ele ama. Não podemos confundir com panteísmo, e sim ter uma idéia de pan-en-teísmo. Sendo assim precisamos olhar com olhos espirituais para toda a criação, pois fazendo isso, com certeza veremos Deus. Se não O vermos, o problema está em nós, pois sem sombra de dúvida, Ele está lá.

Meditar no Salmo 23



O Salmo 23 é, sem duvida, o mais conhecido e querido de todos os Salmos. Nenhum outro salmo toca tão profundamente em nossas emoções, fala da paz e serenidade tão profundas, que nem sequer a ameaça da sombra da morte pode perturbá-las. Há neste cântico (salmo) sublime o conceito de confiança nos cuidados que Deus nos dedica ilustrados pelo relacionamento entre o Pastor e as ovelhas.Embora a linguagem seja simples e o significado claro, ninguém foi capaz de exaurir a mensagem do poema ou melhorar sua beleza tranqüila.O Salmo do Bom Pastor, este tem sido chamado “A Perola dos Salmos”.Davi escreveu sobre o cuidado que o pastor tem com a ovelha, Davi conhecia bem o que estava escrevendo, pois estava acostumado a lidar com ovelhas, conforme 1 Sm. 16 11.· “Disse mais Samuel a Jessé. Acabaram os jovens? Ainda falta, e eis que apascenta as ovelhas”.Scroggie escreve sobre o Salmo 23 o seguinte: “Com este salmo milhares tem vivido, na fé dele milhares tem morrido. Que mais podemos querer do que o Cristo aqui revelado? Ninguém o conhece como seu Pastor que não o conheça com seu Salvador”.Este Salmo é atribuído a Davi, conforme a tradição judaica; Davi provavelmente teria escrito este Salmo quando estava cercado em um oásis, à noite por tropas de um rei inimigo, daí o salmo inserir tamanha confiança na providencia divina contra os inimigos.Interpretação TextualTemática: Pastoreando Ovelhas.1- O Senhor é o meu pastor, nada me faltará.1.1- O Senhor é o meu pastorNo Hebraico Jeová – Raá (O Senhor é o Pastor), fala da soberania do Pastor, da excelência do relacionamento entre pastor e ovelha, pois o pastor é quem conduz, guia , governa, sustenta, alimenta. As ovelhas por sua vez o seguem obedecem, amam e confiam no Pastor.O salmista conhecia reis, profetas, sacerdotes, generais, mas para expressar melhor a sua visão de Deus , tomou emprestada a figura de um bondoso pastor de ovelhas, e o seu relacionamento com o rebanho.Davi sabia o que era ser pastor, pois exercera esta atividade quando jovem.· Salmos 78.70, 71 - Também elegeu a Davi seu servo, e o tirou dos apriscos das ovelhas; E o tirou do cuidado das que se acharam prenhes; para apascentar a Jacó, seu povo, e a Israel, sua herança.1.2 - Nada me faltaráJeová- Jiré : o Senhor que provêFala do cuidado e do amor de Deus para com seus servos, individualmente e coletivamente.Ele não deixa faltar nada que seja útil e necessário à vida do crente fiel que se comporta como ovelha, buscando obedecê-lo e fazendo sua vontade. Se o Bom Pastor não nos dá algo é porque, certamente não é bom para nós. Mas tudo aquilo de que necessitamos para nosso bem.2,3 - Deitar-me faz em verdes pastos, guia-me mansamente a águas tranquilas.Refrigera a minha alma; guia- me pelas veredas da justiça por amor do seu nome.O Bom Pastor se preocupa com o seu rebanho, pois ele não lhe qualquer tipo de pastagem. Ele sonda primeiro o pasto e certifica-se de que aquele pasto é apropriado para alimentar a sua ovelha.O Bom Pastor sabe que quanto melhor alimentada esteja sua ovelha melhor rendimento esta lhe dará.A ovelha produz leite e lã, que servem de fonte de renda para cuidar do Pastor, Jesus disse:· João 10.9 - Eu sou a porta; se alguém entrar por mim, salvar-se-á, e entrará, e sairá, e achará pastagens.O Pastor cuidadoso leva as ovelhas a se alimentarem nos verdes pastos, diante de águas tranquilas, apropriadas para dessedentar-lhes a sede, como a ovelha tem medo de águas muito agitadas o sábio pastor conduz para uma fonte calma, onde possa beber sossegada.Em meio ao calor sufocante, o pastor procurava lugares altos, onde as ovelhas pudessem sentir o soprar do vento suave, Nosso pastor Jesus, nos refrigera a alma. Ele prometeu e enviou o Consolador.· Isaias 41.10 - Não temas, porque eu sou contigo; não te assombres, porque eu sou teu Deus; eu te fortaleço, e te ajudo, e te sustento com a destra da minha justiça.4- Ainda que eu andasse pelo vale da sombra e da morte, não temeria mal algum, por que tu estas comigo; a tua vara e o teu cajado me consolam.O pastor tem que garantir a segurança da ovelha, Jesus disse:· João 10.11 - Eu sou o bom Pastor; o bom Pastor dá a sua vida pelas ovelhas.Davi sabia bem o que era o vale da sombra e da morte, pois na vida havia enfrentado muitos vales tais:· O desafio com Golias· Os constantes enfrentamentos com seu sogro Saul , porem havia segurança em Davi pois tinha o Senhor como seu Protetor, e nada podia abalar-lhe.Neste verso destacam-se duas ferramentas de uso do Pastor:1) Vara – Em Hebraico shábet , instrumento de defesa usada pelos pastores de ovelhas para afugentar lobos, leões e ursos, Era uma espécie de bastão na muito longo, porem muito resistente. Vara nas escrituras representa autoridade, correção, Jesus disse:· João 10. 12 – 15: Mas o mercenário, e o que não é pastor, de quem não são as ovelhas, vê vir o lobo, e deixa as ovelhas, e foge; e o lobo as arrebata e dispersa as ovelhas. Ora, o mercenário foge, porque é mercenário, e não tem cuidado das ovelhas. Eu sou o bom Pastor, e conheço as minhas ovelhas, e das minhas sou conhecido. Assim como o Pai me conhece a mim, também eu conheço o Pai, e dou a minha vida pelas ovelhas.2) Cajado – Segundo Matthew Henry, o cajado é um instrumento distinto da vara, usado para resgatar a ovelha quando caem em algum precipício, podendo içá-las.Como instrumento de misericórdia, o cajado fala de proteção e é indicado para dar direção.Parábola da ovelha perdida: (Lucas 15: 4- 7)Que homem dentre vós, tendo cem ovelhas, e perdendo uma delas, não deixa no deserto as noventa e nove, e não vai após a perdida até que venha a achá-la?E achando-a, a põe sobre os seus ombros, gostoso;E, chegando a casa, convoca os amigos e vizinhos, dizendo-lhes: Alegrai-vos comigo, porque já achei a minha ovelha perdida.Digo-vos que assim haverá alegria no céu por um pecador que se arrepende, mais do que por noventa e nove justos que não necessitam de arrependimento.5- Preparas uma mesa perante mim na presença dos meus inimigos, unges a minha cabeça com óleo, o meu cálice transborda.Azeite usado para tratar as feridas das ovelhas.O bom anfitrião, na Palestina ungia o visitante com óleo, era um gesto de honra, neste salmo o Senhor unge sua ovelha com óleo, ou azeite perfumado, representando a unção de Deus através de seu Espírito Santo.Pelo motivo de as narinas da ovelha ser facilmente feridas ou infectadas: o pastor utiliza óleo como agente de cura e proteção. Onde há moscas que podem perturbar as ovelhas, o óleo as mantém afastadas. Quando o óleo é aplicado sobre a ovelha ela muda imediatamente o seu comportamento, acaba a irritação e a inquietude. A ovelha volta a pastar com tranquilidade e permanece em pacifico contentamento.